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Mais do que um evento pautado em diagnósticos, metas e planejamentos, a apresentação do Plano Estratégico da ATHIS, realizado nessa quarta-feira (20) na Unisul, em Palhoça, pode ser vista como um passo importante em relação à conquista de uma sociedade sustentada pelo diálogo e pelo senso coletivo. O evento, que registra o início do mutirão que o CAU/SC realizará nas próximas semanas em várias regiões do Estado para esclarecer sobre a universalização do acesso aos serviços de Arquitetura e Urbanismo; contou com a participação de representantes do poder público, representantes da arquitetura e do urbanismo de Santa Catarina e representantes comunitários. A coordenadora da CATHIS, Claudia Poletto, contextualizou os presentes sobre o histórico da Athis e ressaltou o compromisso do CAU em fomentar ações que coloquem em prática o direito à moradia digna ao maior número de pessoas. A conselheira também destacou a parceria com universidades como uma estratégia eficiente para trazer a temática do direito à moradia aos polos de ensino. “A arquitetura precisa estar presente em todas as camadas da sociedade. E trazer o tema da habitação de interesse social ao meio acadêmico, pode nos ajudar nisso”, comenta Claudia.

 

Representando a Comunidade Nova Esperança de Palhoça, Vladimir Borges Ribeiro, trouxe o diagnóstico da mesma. “Sentimos a total negligência do poder público quando falamos do direito à moradia. Precisamos deixar claro que a população ocupante não é criminosa. As tantas famílias não estão sob a influência de narcotraficantes, como as autoridades tentam alegar. Somos trabalhadores”, diz Vladimir.O poder público foi representado pelo superintendente da Habitação de Florianópolis, Lucas Arruda. Durante sua fala, Lucas sugeriu para que todos os que enfrentam o problema da moradia, conheçam melhor os seus direitos. “Se apoderem da lei, se apropriem dos seus direitos”, insistiu o superintendente.

 

Para a presidente do CAU/SC, Daniela Sarmento, o evento marca o início de um diálogo mais consistente sobre o problema da falta de moradia. “Cada representante pôde trazer sua contribuição. Juntos e por meio do diálogo, vamos conseguir avançar em soluções mais  concretas”, comenta a  presidente.


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