Mês: junho 2017
Não vivemos sem a Arquitetura. Sendo condição daquilo que nos é necessário para vivermos, a arquitetura se traduz em abrigos proporcionados por construções. Mas não apenas isso, já que ela não serve só para proteger-nos da chuva. Arquitetura apresenta sua importância ao transgredir o seu papel de simples abrigo para proteção, e, passa a se comunicar com o usuário, podendo ser em um simples gesto que supere a esfera prática.
Mies Van Der Rohe afirmou que “arquitetura nasceu quando, pela primeira vez, alguém assentou bem dois tijolos”. Mas fazer arquitetura está relacionado diretamente às reações que edificações provocam no campo emocional, proporcionando sentimentos e pensamentos. Assim, a arquitetura passa a ter valor quando, além da praticidade de um telhado – por exemplo, agrega, a perplexidade, o prazer, a reverência e demais sentimentos atrelados a nossa consciência, permitindo o resgate da memória – de uma residência, hotel, escola ou outra edificação marcante – e nos remetendo a sensações que não podem ser ignoradas.
Nosso entorno diário é estruturado na presença da arquitetura, revelando-se mesmo quando não a buscamos. Querendo ou não, ela faz parte do nosso dia a dia. Diferente de quando fazemos uma viagem a turismo visitando grandes obras, passamos as nossas vidas dentro ou rodeados de construções às quais raramente escolhemos.
A vida acontece nas principais ruas do nosso cotidiano. Desde as ruelas de pequenas cidades às grandes avenidas das metrópoles, vivenciamos construções reais e não a admiração de grandes obras. Isso não significa que as grandes obras não sejam relevantes na construção da nossa história e cidades.
Arquitetura afeta a qualidade de vida, mas não cura o doente e nem ensina o ignorante. Ela auxilia a manter seu usuário vivo. Pode ajudar a curar, auxiliar o ensino e proporcionar ambiente confortável para que seus usuários possam se recuperar e se desenvolver, por exemplo. E assim pode-nos dotar de sentidos, pois além de fornecer o abrigo, tem como condicionante melhorar nossas vidas.
Qualquer construção é arquitetura, tendo em vista a intenção de civilidade intrínseca na sua razão de existir. A intenção da arquitetura no nosso meio construído, não é apenas de questões ornamentais e estéticos – respeitando uma tênue linha do equilíbrio entre arte e exigências práticas. O melhor paradoxo sobre arquitetura foi cunhado por Vitrúvio no ano de 30 a.C. ao afirmar: [utilitas, venustas, firmitas] – utilidade, beleza e solidez. Desse modo, uma construção tendo beleza e utilidade não tem valia sem solidez. E, com solidez e beleza, sem utilidade tão pouco faz sentido. Vitrúvio nos mostra que as construções devem ser uteis, bem construídas e visualmente confortáveis.
Dificilmente alguém vive 24h atentos a músicas, ensino, trabalho e etc; a onipresença da arquitetura nos obriga a prestarmos menos atenção em todos os detalhes que nos circundam. Mas, fazer arquitetura é comprometer-se com os demais assuntos que nos tangenciam a sociedade, como cultura, educação, política, negócios, saúde, família, religião, história entre outros.
Vivemos no meio urbano, construído e edificado sobre diversas premissas, com edificações e estruturas físicas que caracterizam nossas cidades. Este meio edificado, assim como a arquitetura, é social. No qual, pessoas vivenciam este meio tão diferentemente, como ao entrarem em um museu para admirar obras de arte.
A cidade, bem como a arquitetura, não existe sem pessoas interagindo com o espaço. Uma escola sem crianças é apenas uma abstração do ambiente edificado. A soma do usuário e a estrutura construída é que fomentam a intenção arquitetônica e por consequência a cidade.
Arquitetura jamais existe isolada. Todas as edificações estão ligadas. Àquelas do seu lado, como esquinas, ruas e todas as estruturas que embasam nossas cidades estão conectadas num espaço em que a cidade é muito mais que junções de ruas e avenidas. Cidade é o espaço de criação da memória, impulso para viver em comunidade, sabendo dos limites e diferenças entre seus usuários, traz-nos aquilo que nos une.
Assim o papel da arquitetura é falar diretamente, ser lugar comum a todos, como um corpo coletivo da memória – tendo como base funcional estimular o maior número possível de reuniões, encontros, desafios entre pessoas, classes e grupos – proporcionando o palco em que o drama da vida social seja encenado. O que podemos fazer em um momento que todas as tecnologias e forças nos leva a separar-nos e não unir-nos?
No caminho que trilhamos, em uma época em que não construímos mais cidades que proporcionem o encontro – mais suscetíveis aos perigos da segregação – precisamos pensar como nos encontrar nesta nova realidade e como a arquitetura pode fomentar isto.
As cidades e a arquitetura representam a realidade concreta contrária ao universo da vida virtual. Algo cada vez mais precioso nesta época de smartphones e internet. Cabe a nós arquitetos, o desafio de fomentarmos a construção das estruturas e espaços que proporcionem o diálogo, convivência, trocas e conexão com aqueles que virão.
**Rodrigo Kirck é arquiteto e urbanista e Conselheiro Estadual do CAU/SC
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Planejar é preciso: o futuro de nossa cidade – Por Luiz Alberto de Souza
Arquitetos e urbanistas brasileiros têm o desafio de participar de forma efetiva dos processos legislativos – Por Ronaldo Lima
Projeto de Lei pretende criminalizar o exercício ilegal das profissões de arquiteto e urbanista
Ronaldo Lessa (PDT/AL) apresentou requerimento para agilizar votação da proposta, parada há 15 anos no Congresso Nacional.
O projeto de lei que torna crime contra a saúde pública o exercício ilegal das profissões de arquiteto e urbanista, agrônomo, engenheiro, dentista, médico e farmacêutico deve passar a tramitar em regime de urgência na Câmara dos Deputados. O pedido para acelerar a análise da matéria é de iniciativa do deputado Ronaldo Lessa (PDT/AL). O requerimento contou com a assinatura de líderes de oito partidos. “Agora esperaremos que o presidente da Câmara paute o projeto e trabalharemos para que seja aprovado”, afirma o parlamentar.
A proposta, de autoria do ex-deputado fluminense José Carlos Coutinho, foi apresentada em 2002 e até hoje não foi votada em definitivo na Câmara dos Deputados. O texto prevê que quem exercer ilegalmente as profissões mencionadas, ainda que gratuitamente, estará sujeito a uma pena de seis meses a dois anos de prisão. Caso o exercício se dê com fins lucrativos, o condenado pagará ainda multa de dois a vinte salários mínimos.
EXERCÍCIO ILEGAL É RISCO PARA SOCIEDADE
O presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro, elogiou a iniciativa de agilizar a apreciação do projeto. “A aprovação da mencionada proposição, paralisada há mais de dez anos, inibirá a atuação fraudulenta de falsos profissionais que representam risco à segurança da sociedade e desprestigiam os conhecimentos técnicos, culturais e sociais da categoria, composta por aproximadamente 150.000 (cento e cinquenta mil) arquitetos e urbanistas registrados neste Conselho”.
ENTENDA O “REGIME DE URGÊNCIA”
O regime de urgência dispensa algumas formalidades na tramitação do projeto dei lei. Para tramitar neste regime, a proposição deve tratar de matéria que envolva a defesa da sociedade democrática; das liberdades fundamentais; tratar-se de providência para atender a calamidade pública; de Declaração de Guerra, Estado de Defesa, Estado de Sítio ou Intervenção Federal nos estados; acordos internacionais e fixação dos efetivos das Forças Armadas, entre outros casos.
Uma proposição também pode tramitar com urgência quando houver apresentação de requerimento nesse sentido. Caso a urgência seja aprovada, a proposição será colocada na Ordem do Dia da sessão deliberativa seguinte do Plenário, mesmo que seja no mesmo dia.
Clique aqui para acessar a íntegra do Projeto de Lei nº 6.699/2002
Após iniciativas de treinamento oferecidos a partir de uma parceria entre o CAU/BR e a empresa Graphisoft, novas ações oferecem treinamento e preparo para as ferramentas dedicadas em BIM, por todo o Estado. Dada a grande procura de arquitetos e urbanistas por indicações sobre treinamentos em BIM, O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina usa desse espaço para tornar público um dos cursos sobre o tema, no qual tem conhecimento que esteja ocorrendo. Mais informações, esclarecimentos e demais orientações devem ser solicitadas diretamente com os organizadores.
O BIM (Building Information Modeling) é um método de trabalho que permite organizar todas as informações que dizem respeito à construção de um edifício. O ARCHICAD é o software BIM líder de mercado, desenvolvido por arquitetos para arquitetos. Todo o trabalho criativo e de documentação acontece em 3D para que você possa tomar decisões e ver os resultados em um ambiente de projeto realista. O ARCHICAD oferece ainda as mais inovadoras ferramentas disponíveis no mercado de softwares para arquitetura.
Na versão brasileira todo o conteúdo está dentro das normas do país, com os objetos e elementos mais utilizados em nosso mercado. A biblioteca totalmente paramétrica e integrada facilita o fluxo de trabalho e te mantém conectado ao seu projeto o tempo todo. Sua interface gráfica facilita o aprendizado e torna o fluxo de projeto muito mais prazeroso.
BIM PARA TODOS
Aprenda:
- Ambiente 3D Realista
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IMERSÃO BIM
Cooperação GRAPHISOFT E CAU/BR – Licença com valor promocional para registrados
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Turma 1 – 19 a 22 de junho das 18h30 às 22h30| Av. Rio Branco, 354, sl. 510, Centro, Florianópolis
Turma 2 – 3 a 6 de julho das 18h30 às 22h30| Av. Rio Branco, 354, sl. 510, Centro, Florianópolis
Turma 3 – 24 a 27 de julho das 18h30 às 22h30| Av. Rio Branco, 354, sl. 510, Centro, Florianópolis
Turma 4 – 7 a 10 de agosto das 18h30 às 22h30| Av. Rio Branco, 354, sl. 510, Centro, Florianópolis
16 horas de curso
R$ 500,00 – Até 10x no cartão
INSCRIÇÕES
equipeinformatica.com.br |(48) 3225-2232
Mais informações
(48) 9 8414-4000 (48) 9 9902-9896
patricia@equipeinformatica.com
arq.jaquelinealves@gmail.com
Curso Impermeabilização – Projeto, materiais, sistemas, execução, fiscalização, gerenciamento e patologia
O curso será realizado nos dias 28 e 29 de julho de 2017, na sala 701 da UNISUL – Campus Grande Florianópolis – Rua Antônio Dib Mussi, 366, no Centro de Florianópolis/SC, onde proporcionará conforto e bem estar a todos os participantes.
Horário:
16 horas/aula
Das 09hs as 12hs e das 13hs as 18hs
Objetivo do Curso:
A impermeabilização na construção civil tem como objetivo impedir a passagem indesejável de águas, fluídos e vapores, podendo contê-los ou dirigi-los para o local que se deseja.
Além de permitir a habitabilidade e funcionalidade da construção civil, a importância da impermeabilização é relevada no objetivo de proteger a edificação de inúmeros problemas patológicos que poderão surgir com a infiltração da água, integrada ao oxigênio e outros componentes agressivos da atmosfera (gases poluentes, chuva ácida, ozônio), visto que uma grande quantidade de materiais utilizados na construção civil sofre um processo de deterioração e degradação, quando expostos a meios agressivos da atmosfera.
Com a entrada em vigor da norma ABNT NBR 15.575 – Norma de desempenho, torna-se essencial conhecer as melhores técnicas da impermeabilização, de forma a definir a VUP-Vida útil de projeto.
O curso de Impermeabilização – Projeto, Materiais, Execução e Fiscalização pretende mostrar de forma clara quando e como impermeabilizar, evitando, desta forma, as frequentes patologias decorrentes da falta de tratamento adequado.
- Serão abordados informações dos seguintes tópicos.
- Conhecimento das patologias decorrentes das falhas da impermeabilização;
- Conhecer os principais materiais e sistemas de impermeabilização, como projetar, especificar, aplicar, controlar e fiscalizar de acordo com as principais tecnologias disponíveis;
- Adquirir base técnica sobre a especialidade de impermeabilização.
- Prevenir e solucionar problemas;
- Especificar conforme os padrões das normas técnicas vigentes;
MINISTRANTE: ENGº JOSÉ EDUARDO GRANATO
Engenheiro Civil – CREA-A nº 69590/D
Inscrições e informações sobre o curso pelo whatsapp (48) 99106-8538 das 13hs as 19hs ou pelo e-mail: eventos@iab-sc.org.br
Investimento:
Inscrições e pagamentos até o dia 01/07
Associados IAB R$ 400,00
Não associados IAB R$ 800,00
Inscrições e pagamentos após o dia 01/07
Associados IAB R$ 500,00
Não associados IAB R$ 900,00
Divulgados os finalistas do 4ª Prêmio de Arquitetura Tomie Ohtake e a AkzoNobel
O Instituto Tomie Ohtake e a AkzoNobel divulgou na manhã desta sexta-feira, dia 9 de junho, os selecionados da 4ª edição do Prêmio em 2017. Entre os selecionados há um projeto de Santa Catarina. É o trabalho da Cobertura Mercado Público de Florianópolis, obra dos arquitetos Gustavo Utrabo e Pedro Lass Duschenes.
Sobre o Prêmio
Idealizado com o intuito de evidenciar e discutir a produção arquitetônica contemporânea, o Instituto Tomie Ohtake e a AkzoNobel apresentam anualmente o Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake Akzonobel.
Reconhecer inventivas realizações no campo da arquitetura brasileira, buscando contemplar os mais distintos programas e contextos, além de refletir sobre rumos da prática profissional, são parâmetros determinantes a esse prêmio que vêm delineando de maneira expressiva alguns dos rumos da produção atual.
O prêmio contempla projetos recentes produzidos por arquitetos brasileiros com até 45 anos de idade ou estrangeiros residentes no país há pelo menos dois anos. A cada ano, dez projetos são selecionados para integrar uma exposição e três deles são premiados com viagens internacionais a fim de discutir diferentes tipologias, técnicas construtivas e configurações urbanas.
A parceria entre o Instituto Tomie Ohtake e a AkzoNobel reitera os propósitos desta instituição de dar visibilidade e promover discussões acerca da arquitetura e design contemporâneos. Uma amostragem que complementa de maneira substantiva a programação destinada ao segmento, trazendo à tona novas reflexões acerca do panorama arquitetônico brasileiro.
SELECIONADOS 2017
Casa 4×30
Arquiteto Responsável: Clara Reynaldo
Co-autor: Lourenço Gimenes
Colaboradores: Fernando Forte, Rodrigo Marcondes Ferraz, Cecilia Reichstul, Ana Luíza Galvão, Bruno Araújo, Marcela Aleotti e Marília Caetano (arquitetos), Mirela Caetano, Rafaela Arantes e Wilson Barcellone (estagiários). Fotos: Fran Parente
Nome do Escritório: CR2 Arquitetura + FGMF Arquitetos
Casa Torreão
Arquiteto Responsável: Matheus Seco
Co-autor: Daniel Mangabeira e Henrique Coutinho
Colaboradores: Tatiana Lopes, Guilherme Mahana, Victor Machado, Bruno Pessoa e Rodrigo Scheel
Nome do Escritório: Bloco Arquitetos
Ciclovia Avenida Paulista
Arquiteto Responsável: Gianpaolo Santoro Granato
Colaboradores: Guilherme Adamo, Edson Maruyama, Allan Martino e Marcela Arone
Nome do Escritório: Studio GGA
Cobertura Mercado Público de Florianópolis
Arquiteto Responsável: Gustavo Utrabo
Co-autor: Pedro Lass Duschenes
Colaboradores: Bárbara Zandavali, Maguelonne Gorioux, Felipe Gomes, Agatha Linck, Ana Julia Filipe
Nome do Escritório: Aleph Zero
Instituto Brincante
Arquiteto Responsável: Dante Furlan
Colaboradores: Thiago Bernardes, Rafael Oliveira, Maria Vittoria Oliveira, Marcelo Dondo, Ana Paula Endo, Mary Helle Moda e Flavio Faggion
Nome do Escritório: Bernardes Arquitetura
Mirante 9 de Julho
Arquiteto Responsável: Marcos Paulo Caldeira
Co-autor: Mila Strauss
Colaboradores: Fabiane Sakai e Larissa Burke
Nome do Escritório: MM18
Moradas infantis
Arquiteto Responsável: Adriana Benguela
Colaboradores: Marcelo Rosenbaum, Gustavo Utrabo e Pedro Duschenes.
Nome do Escritório: Rosenbaum + Aleph Zero
Parque da Gare
Arquiteto Responsável: Pedro Paes Lira
Co-autor: Eugênio Felipe Teixeira Borges
Colaboradores: Andreia Faley, Luciana Pitombo, Vera Lúcia Leitão Pinto, Ana Carolina Sanches, Renata Azevedo Lovro, Caio Faggin Jesús Lazaro
Nome do Escritório: Idom
Subsolanus
Arquiteto Responsável: Henrique te Winkel
Co-autores: Anna Juni, Gustavo Delonero e Marina Canhadas
Nome do Escritório: Vão
Vazio
Arquiteto Responsável: Marina Acayaba
Co-autor: Juan Pablo Rosenberg
Colaboradores: Andre Helou
Nome do Escritório: AR arquitetos
JÚRI 2017
Carla Juaçaba
Gustavo Penna
Nabil Bonduki
Priscyla Gomes
O curso será realizado nos dias 30 de junho e 01 de julho de 2017, no Centro de Florianópolis/SC, onde proporcionará conforto e bem estar a todos os participantes.
HORÁRIO:
16 horas/aula – das 09hs as 12hs e das 13hs as 18hs
JUSTIFICATIVA:
Qualificar a elaboração de Projetos de EASs (Estabelecimentos Assistências de Saúde) a partir da compreensão da legislação vigente,as necessidades do mercado de prestação de serviços de saúde,através de abordagem prática desenvolvida nas oficinas de projeto.
Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, são sempre um desafio ao profissional de projeto, pelas dinâmicas que ocorrem em suas áreas físicas , fruto das muitas mudanças tecnológicas com as quais os prestadores dos serviços de saúde se veem envolvidos. Estes aspectos envolvem Gestão de Recursos Financeiros, Serviços, Pessoas, Tecnologias e Insumos, Logística e Áreas Físicas,o que nos obriga a ter uma visão holística de todos os aspectos Institucionais de formas a Propor soluções de Projeto que venham de encontro as reais necessidades do Gestor.
PROGRAMAÇÃO:
- A estrutura organizacional do SUS X Operadoras de Saúde no Brasil
- Legislação da ANVISA RDC 50 de 2002 e seu processo de revisão, RDC 307 e RDC 189. Organização do Projeto Básico de Arquitetura.
- Reflexões sobre a NBR 9050 de 2015, a legislação de Proteção Contra
- Incêndio, suas alterações e as interfaces necessárias com os projetos na área de saúde.
- Compatibilização entre projetos e o uso de plataformas BIM.
- Eficiência Energética e Mercado de Certificações X Acreditação Hospitalar.
- Metodologia de Projeto: aspectos gerais.
- Estudos de caso.
MATERIAL DIDÁTICO
Será disponibilizada ao IAB-SC arquivo eletrônica em formato Adobe (pdf)
MINISTRANTE: Ministrante: Profª. Arq. Christine Martins Scherer
Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos. (15/01/1993)
Investimento
Inscrições e pagamentos até o dia 15/06
Associados IAB R$ 400,00
Não associados IAB R$ 800,00
Inscrições e pagamentos após o dia 15/06
Associados IAB R$ 600,00
Não associados IAB R$ 1.000,00
Das iniciativas para um CAU participativo: 2º Congresso Catarinense de Arquitetos e Urbanistas e seus resultados
Conselheiro do CAU/SC Christian Krambeck analisa as conquistas do Congresso Itinerante de 2016 e comenta o edital de patrocínio dos projetos prototipados durante o evento
Conhecer a realidade local, dialogar com os arquitetos e construir novas formas e modelos de atuação do Conselho: estes foram alguns dos objetivos e desafios no início das discussões, ainda em 2015, nas Plenárias do CAU/SC. Superados os entraves iniciais, principalmente a cultura de centralização em Florianópolis e a dificuldade aparente em deslocar todos os conselheiros, estrutura e funcionários para seis eventos regionais em Criciúma, Chapecó, Lages, Joinville, Blumenau e Florianópolis, foi possível realizar o 2º Congresso Estadual com um saldo positivo e uma certeza: a possibilidade de realizar pelo menos um grande evento descentralizado a cada três anos – período de cada gestão – só tem a contribuir com a valorização da profissão e efetividade do CAU/SC como instituição cada vez menos burocrata e engessada; cada vez mais dinâmica, flexível, inovadora e presente no cotidiano das cidades, escolas e profissionais.
Considerando o objetivo de fomentar a discussão sobre práticas profissionais, exercício profissional, estrutura das cidades e realidade das escolas em Santa Catarina, bem como em cada região, e visando compreender as transformações e tendências para a profissão neste século XXI, o Congresso foi um importante passo para a construção de caminhos possíveis. A partir da metodologia participativa e do design thinking, tivemos palestrantes e parceiros de nível nacional (de São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e de Santa Catarina), oficinas participativas para cada um dos três eixos (cidade, escola e profissão) e três projetos construídos a partir de cada eixo para cada uma das seis regiões, totalizando 18 projetos. Importante destacar que os projetos nasceram da realidade concreta de cada região, a partir de oficinas participativas envolvendo arquitetos, estudantes, conselheiros e funcionários do CAU, já com a perspectiva de serem apoiados e financiados com investimento do Conselho, no valor de R$ 180 mil.
Outra etapa fundamental, que pode servir de referência e exemplo para as próximas gestões, foi a elaboração do Edital de Patrocínio para o apoio institucional e financeiro a todos os projetos, sendo R$ 10 mil para cada um, com contrapartida de R$ 2 mil de cada entidade proponente, que pode ser qualquer instituição sem fins lucrativos. A ideia é que cada um seja desenvolvido e implementado nas regiões de origem pelas entidades locais, que seus resultados estimulem e retro-alimentem novas possibilidades, discussões e projetos. Uma vez testados e validados, os modelos poderão ser adotados por outras entidades, em outras regiões do Estado ou até de outras Unidades da Federação.
A participação de aproximadamente 1.300 pessoas, o envolvimento direto de mais de 10 instituições de ensino, governos locais, entidades de arquitetura, convidados, palestrantes, amigos e parceiros dos arquitetos catarinenses, o investimento de R$ 180 mil em 18 projetos específicos e o grau de mobilização, participação e repercussão entre os arquitetos, mídia e população demonstram que construímos juntos um modelo adequado para os novos tempos e transformações em curso. Esperamos que todos os arquitetos se apropriem deste patrimônio, desta construção coletiva, que todos nós sejamos responsáveis pelo aprimoramento do atual modelo e sua reedição melhorada em 2019, talvez tendo como um dos eixos de discussão a fiscalização, sob uma nova ótica, mais inovadora, digital, participativa, efetiva e pedagógica.
O Congresso fez parte das iniciativas e tentativas para construir um CAU cada vez mais participativo, transparente, inovador, democrático, efetivo e presente. Qualquer coisa parecida com isso, qualquer avanço, só será possível de forma coletiva, em corresponsabilidade e co-criação entre todos os arquitetos, e, entre estes e a comunidade em geral, envolvendo também as escolas e entidades de arquitetura.