Mês: dezembro 2018

Publicado no dia Categoria Arquitetura

Cartilha alerta para adaptações necessárias em residências de pessoas idosas

Comunicação CAU/SC

Mais de 30 milhões de pessoas no Brasil tem mais de 60 anos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua divulgada pelo IBGE em abril de 2018. O envelhecimento populacional provoca arquitetos e engenheiros a idealizarem casas que se ajustem às necessidades deste público. Pensando em alertar os profissionais para esta demanda, o CAU do Mato Grosso em parceria com outras organizações lançou a cartilha Casa Segura, em que alerta para a adoção de medidas que garantam a segurança de pessoas idosas nas residências.

Nos hospitais do SUS, 75% dos acidentes com lesões traumáticas ocorrem nas próprias casas dos acidentados, segundo informa a própria cartilha. São casos de poderiam ser evitados com adaptações simples, como instalações de alavancas, iluminação e maçanetas adequadas, por exemplo.

São idealizadores do projeto, além do CAU/MT, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia do Mato Grosso, o Conselho Regional de Engenharia/MT, Unimed e implantes Astramed. O material foi lançado durante o 1º Fórum do Idoso, realizado em Cuiabá, e está disponível no site do CAU/SC neste link.

Oportunizar segurança e autonomia para pessoas idosas está alinhado com a meta 23 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que é balizador do Plano de Gestão do CAU/SC: “Meta 23. As pessoas que estão vulneráveis devem ser empoderadas. Aqueles cujas necessidades são refletidas na Agenda incluem todas as crianças, jovens, pessoas com deficiência (das quais mais de 80% vivem na pobreza), as pessoas que vivem com HIV/AIDS, idosos, povos indígenas, refugiados, pessoas deslocadas internamente e migrantes. Decidimos tomar medidas e ações mais eficazes, em conformidade com o direito internacional, para remover os obstáculos e as restrições, reforçar o apoio e atender às necessidades especiais das pessoas que vivem em áreas afetadas por emergências humanitárias complexas e em áreas afetadas pelo terrorismo.” 


Publicado no dia Categoria Urbanismo

Parque urbano e marina de Florianópolis sob consulta pública

Comunicação CAU/SC

A Prefeitura de Florianópolis disponibilizou nesta terça-feira (18) o edital da marina da Beira-Mar Norte para consulta pública nos próximos 30 dias. A proposta prevê a construção de um parque urbano de 123 mil metros quadrados e de uma marina privada com espaço para 624 embarcações e espaço para 60 vagas públicas.
O detalhamento do projeto e a consulta pública estão à disposição no site http://www.pmf.sc.gov.br/sistemas/consulta/parqueMarina/

Acesse e participe!

Com informações do jornal Notícias do Dia


Publicado no dia Categoria Palavra da Presidente

A arquitetura e o urbanismo à disposição da sociedade

Comunicação CAU/SC

.:. Ouça também a mensagem da presidente enviada aos arquitetos e arquitetas e urbanistas no dia 15 de dezembro .:.

Daniela Pareja Garcia Sarmento

Presidente do CAU/SC

Comemorar o Dia do Arquiteto e Urbanista, em 15 de dezembro, é reconhecer a relevância destes profissionais junto à sociedade na construção de um habitat urbano mais inclusivo e sustentável.

Em seu terceiro mandato após a criação dos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo pela lei n° 12.378/2010, o CAU/SC aposta na organização e no engajamento para uma gestão mais eficiente e conectada com as demandas sociais. Para além do escopo de representar os 8570 arquitetos e arquitetas de Santa Catarina, orientando, disciplinando e fiscalizando o exercício da profissão, entendemos que os profissionais tem muito a contribuir para a organização do espaço urbano.

Como especialistas em complexidades, podemos oferecer o nosso olhar e as nossas habilidades e, em conjunto com a sociedade, interpretar, intervir e atuar no planejamento e no desenvolvimento das cidades brasileiras. Dentro deste contexto, precisamos estabelecer uma relação mais horizontal, estimulando o papel dos profissionais da arquitetura e urbanismo como influenciadores positivos em prol da evolução da sociedade. Acreditamos que é esta a postura que nos levará a ampliar o nosso reconhecimento profissional e alcançar o objetivo do acesso à arquitetura para todos.

Compreendendo a necessidade de construir este novo cenário, que tem na participação efetiva e transformadora a própria essência, o CAU/SC mergulhou em um intenso processo em 2018. Nos dedicamos à construção do Planejamento Estratégico do Conselho (gestão 2018/2020), documento que envolveu todas as comissões e considerou os seus diagnósticos e leituras para a construção de um plano de ação para o próximo período.

Em uma das suas decisões políticas mais importantes deste ano, os conselheiros do CAU/SC também aderiram unanimemente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), alinhando as metas do CAU/SC à agenda universal que convoca o mundo para ações práticas de mudança. Investimos na capacitação de funcionários e conselheiros, buscamos simplificar processos, aperfeiçoar tecnologias e metodologias para aproveitar melhor os recursos e tornar a gestão mais eficiente.

Em 2019 e 2020, nossos projetos e ações seguem focados em promover o engajamento que o momento histórico exige. Que nesta próxima etapa, nos sintamos inspirados à construção de agentes à disposição da sociedade para a defesa do seu direito à arquitetura e urbanismo, como apregoa o nosso Código de Ética: “2.1.2 – O arquiteto e urbanista deve defender o direito à arquitetura e urbanismo, às políticas urbanas e ao desenvolvimento urbano, à promoção da justiça e inclusão social nas cidades, à solução de conflitos fundiários, a moradia, à mobilidade, à paisagem, ao ambiente sadio, à memória arquitetônica urbanística e à identidade cultural”.


Publicado no dia Categoria Urbanismo

ONU quer saber opinião dos brasileiros sobre a vida nas cidades

Comunicação CAU/SC

Até 24 de dezembro, brasileiros poderão responder à pesquisa online da ONU ‘Cidades Sustentáveis’. Objetivo do levantamento é fazer uma radiografia dos centros urbanos onde moram os participantes. Disponibilizada gratuitamente no site e aplicativo Colab, a pesquisa traz 29 perguntas de múltipla escolha sobre temas como transporte, inclusão, serviços básicos e transparência.

Até 24 de dezembro, brasileiros poderão responder à pesquisa online da ONU Cidades Sustentáveis. Objetivo da enquete é fazer uma radiografia dos centros urbanos onde moram os participantes. Disponibilizada gratuitamente no site e aplicativo Colab, a pesquisa traz 29 perguntas de múltipla escolha sobre temas como transporte, inclusão, serviços básicos e transparência.

Proposta pelo Programa das Nações Unidas sobre Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), a iniciativa visa estabelecer um diagnóstico sobre o cumprimento pelo Brasil dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS.

A consulta pede que os respondentes comparem a vida nos centros urbanos hoje e dois anos atrás. Os participantes deverão indicar, por exemplo, se concordam ou não com a afirmação “O acesso a transportes públicos seguros, acessíveis e sustentáveis na cidade onde vivo está melhorando”. Ou se acreditam que “a qualidade da gestão de resíduos — coleta de lixo e materiais recicláveis — na cidade onde vivo está aumentando”.

As perguntas da pesquisa estão relacionadas ao ODS nº 11, sobre cidades e comunidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis. Atualmente, mais da metade da população mundial mora em centros urbanos. No Brasil, o índice chega a 85%.

“É fundamental escutar a população e captar sua percepção sobre como a sua cidade está evoluindo rumo a esse objetivo e, assim, permitir uma análise mais precisa e coletiva da realidade das cidades brasileiras”, afirma o chefe da Unidade de Desenvolvimento de Capacidades do ONU-Habitat, Claudio Acioly.

“Esperamos que os resultados da consulta possam ajudar gestores municipais e tomadores de decisão a orientar políticas públicas capazes de responder aos desafios da urbanização, de forma eficiente e integrada, a partir da visão dos cidadãos e cidadãs que vivem e convivem em nossas cidades.”

A meta da agência é comparar as respostas dos brasileiros com dados oficiais de instituições nacionais — como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — e internacionais — como a própria ONU. A proposta é monitorar o desempenho das cidades do Brasil em relação ao que está previso no ODS nº 11. Os resultados serão publicados num relatório em 2019.

Para realizar o levantamento, a ONU-Habitat se uniu à Colab, uma start-up de gestão colaborativa que trabalha para criar pontes entre cidadãos e governos. Com 200 mil usuários no Brasil, a empresa mantém uma rede social onde é possível publicar sugestões ou pedidos de soluções sobre problemas como falta de iluminação, buracos nas estradas e ruas e estações de metrô e ônibus malcuidadas.

Quando a Prefeitura da cidade participa da Colab, as demandas são enviadas diretamente para os órgãos e servidores competentes. Os Executivos municipais também recebem materiais e oficinas sobre como incluir a participação dos cidadãos na gestão pública.

Com a tecnologia e metodologia da start-up, algumas Prefeituras aumentaram significativamente seus índices de atendimento às solicitações da população. Em Teresina, a resolução de demandas subiu de 39% em 2016 para atuais 74%.

“A colaboração dos cidadãos e a transparência são as melhores ferramentas para melhorar a gestão pública”, defende o CEO e cofundador da Colab, Gustavo Maia. “A tecnologia garante que o diálogo com a população seja feito com rapidez e eficiência e permite também que os resultados dessa conversa sejam medidos, o que facilita a avaliação dos gestores públicos.”

A Colab já realizou outras pesquisas públicas no Brasil, com a participação de oito Prefeituras, inclusive do Rio de Janeiro e Niterói. A empresa foi reconhecia em 2015 com o prêmio de aplicativo com maior impacto social, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Em 2017, a start-up foi escolhida pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos para um programa de aceleração que escolheu 16 companhias envolvidas com a promoção dos ODS.

 

Fonte: ONU/BR


Comunicação CAU/SC

Dois projetos que privilegiam o pedestre renderam reconhecimento do 10º Prêmio AsBEA de Arquitetura ao escritório JA8 Arquitetura e Paisagem, de Florianópolis. O projeto do Parque Linear do Córrego Grande foi contemplado na categoria “Obras Edificadas” e o projeto de Humanização da Rua Bocaiúva recebeu menção honrosa na categoria “Obras Não Edificadas”, que ainda não foram implementadas. O prêmio da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura destaca os projetos arquitetônicos brasileiros e valoriza a criatividade e a inovação dos arquitetos do país.

O projeto do Parque Linear do Córrego Grande é assinado pelas  sócias do JA8 Arquitetura e Paisagem,  Juliana Castro e Clarice Wolowski e pelo professor e arquiteto, Cesar Floriano. O equipamento premiado integra um conjunto de ações desenvolvidas como parte de um projeto de extensão do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC após Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com construtoras proprietárias da área e está localizado na área conhecida como Fazendinha, no bairro Córrego Grande.

Trata-se de uma praça onde se destaca o desenho arquitetônico de uma ponte que liga dois pontos da comunidade separados por um curso d’água dentro de uma área de preservação permanente. “A ponte tem um desenho forte que pulsa como arte pública e é também um lugar de encontro”, explica o professor Cesar Floriano.  “É uma inserção de baixo impacto dentro de uma APP e que privilegia o trânsito de pedestres e ciclistas”, completa a arquiteta Juliana Castro.

O Parque Linear do Córrego Grande é dividido em três áreas: Sertão do Córrego Grande (Poção), Fazendinha e Parque São Jorge. “O conceito do parque linear é muito importante e pode servir de referencia para outras áreas da cidade que poderiam ser destinadas ao uso das pessoas”, afirma o professor Cesar Floriano.

Rua Bocaiúva, centro da capital | Foto: Ana Araujo/CAU

A menção honrosa para o projeto de humanização da Rua Bocaiúva também reconhece a valorização dos espaços para pedestres. Financiado pelo Sebrae e aprovado pela Prefeitura de Florianópolis, o projeto prevê medidas como a ampliação dos passeios, a instalação de equipamentos de permanência e o desenho de uma ciclofaixa compartilhada com pedestres. A pista dupla para os veículos foi mantida, com redesenho das caixas. A expectativa é que o projeto seja realizado no próximo ano.

Para Juliana, o reconhecimento dos projetos que prestigiam as pessoas dentro do espaço urbano consolida uma tendência arquitetônica. “A arquitetura que considera a escala humana é uma premissa que compactua com a perspectiva contemporânea da cidade e estamos participando da iniciação desta tendência”, afirma a arquiteta.