Mês: maio 2020
Guia apresenta recomendações para planejamento de parques urbanos com perspectiva de gênero
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e o Instituto Semeia lançaram nesta quinta-feira (21) a publicação Parques para Todas e Todos – Sugestões para a implantação de parques urbanos com perspectiva de gênero. O guia contém diretrizes e sugestões para arquitetar parques que atendam a necessidades de diferentes gêneros e foi apresentado durante uma live do Instituto. A elaboração do documento teve apoio do ONU Mulheres e Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).
A cartilha se divide em três partes: “Perspectiva de Gênero” apresenta o conceito e expõe a necessidade de empregá-lo no planejamento urbano. Em “Recomendações para Parques Urbanos“, há orientações que abordam desde a contratação de empresas para execução das obras e planejamento até a linguagem em campanhas. E por fim, “Recomendações para parcerias com a iniciativa privada” aconselha a respeito das oportunidades de debater gênero na formação de contratos.
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) é um organismo operacional das Nações Unidas que busca auxiliar na prestação de assistência humanitária, além das intervenções em favor da paz e segurança. O Instituto Semeia é uma organização brasileira que tem como objetivo desenvolver projetos que se atentem às conservações ambiental, histórica e arquitetônica de parques públicos.
.:.Faça download do documento aqui.:.
Pesquisadora aponta para os efeitos da luz em tempos de quarentena
A quarentena decorrente da pandemia de COVID-19 condicionou as pessoas a passarem mais tempo em casa, o que resultou na queda de exposição à luz natural. No entanto, uma pesquisa da arquiteta Raphaela Walger da Fonseca, do Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (PósARQ) da Universidade Federal de Santa Catarina, ressaltou como isso pode ser prejudicial.
O trabalho desenvolvido em nível de pós-doutorado na área de Conforto Ambiental voltado à saúde aponta para a importância de garantir banhos de sol, ainda que dentro de casa. Isso por que o ciclo circadiano, o famoso “relógio biológico”, é regulado a partir da recepção do espectro de luz verde e azul.
O sistema circadiano sincroniza o comportamento fisiológico, em funções como nível de alerta, humor, liberação e repressão de hormônios e controle da temperatura corporal. A melatonina, por exemplo, conhecida como o “hormônio do sono”, regula as funções que o corpo humano exerce durante o tempo em que está acordado e o período de sono. A liberação de melatonina depende dos estímulos de luz nos períodos certos do dia. Por isso, é recomendado que se reduza o contato com a luz artificial de celulares, computadores e notebooks à noite.
A pesquisadora produziu uma síntese do conteúdo especialmente para este período de confinamento imposto pela necessidade de se combater a pandemia da covid-19. “Foi a maneira que encontrei para transferir um pouco do conhecimento científico da minha área de pesquisa e tentar ajudar as pessoas de alguma forma”, afirmou. Faça download aqui
Confira as recomendações da pesquisadora para este período de quarentena:
1. Olhe para o céu, em especial pela manhã. Abra os vidros, pois eles podem interferir nas propriedades físicas da luz que precisam ser percebida pelos seus olhos.
2. Cuide com a exposição à luz artificial durante a noite. Isso vale para a luz da TV, do tablet, do smartphone. Se possível, altere a configuração desses dispositivos para o modo noturno.
3. Se em sua casa houver iluminação com tonalidade “âmbar”, dê preferência a essa iluminação no fim do dia.
4. Faça as atividades que puder olhando para fora. A exposição à luz natural e ao contato visual com o exterior apresentam inúmeros benefícios.
5. Lembre-se de precisamos da alternância entre o claro e o escuro, além das variações das características da luz ao longo do dia. A luz natural também é remédio!
Edital seleciona projetos que apresentem respostas para as consequências da Covid-19
O grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 e o Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) abriram edital para selecionar entre cinco e dez soluções criadas no Brasil, que contribuam para o alcance de um ou mais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no país. Projetos que apresentem respostas para as consequências da pandemia da Covid-19 e que promovam a igualdade de gênero terão maior peso, dentro dos critérios estabelecidos pelo edital. Os interessados devem inscrever seus trabalhos até 04/06, somente pela internet, por meio do endereço:https://bit.ly/ChamadaSolucoesODS.
As soluções inovadoras escolhidas receberão como prêmio mentoria técnica com profissionais especializados em negócios sociais, participarão de uma rodada de negócios com potenciais investidores e parceiros estratégicos, além de serem apresentadas num seminário que – por conta das necessidades de isolamento social impostas pela pandemia – será transmitido via internet para todo país, no dia 6 de agosto de 2020. O II Seminário de Soluções de Inovadoras tem o financiamento da União Europeia, como uma das atividades do projeto do GT Agenda 2030, que tem como objetivo contribuir para implementação da Agenda 2030 no Brasil.
As inovações contempladas também farão parte de uma publicação em formato on-line e off-line, para que ganhem ainda mais visibilidade e conhecimento do público em geral e possibilidade de conexão com futuros apoiadores, fundações privadas e gestores/as públicos/as que queiram apoiar ou investir nas práticas vencedoras.
“São consideradas soluções inovadoras projetos, tecnologias ou outras iniciativas estruturadas, alinhados com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) com potencial de transformação de políticas públicas e que possam ser replicados, isto é, tenham capacidade de adaptação para serem implantados em outras localidades”, explica Carolina Mattar, coordenadora executiva do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), instituição facilitadora do GT Agenda 2030 e responsável pela coordenação geral da chamada pública e do seminário.
Podem participar da chamada pública organizações da sociedade civil (OSC), que não tenham fins lucrativos, de qualquer região do Brasil, bem como instituições de pesquisa – ambos com CNPJ ativo – e grupos informais ou coletivos (com ou sem CNPJ), que tenham como meta o alcance dos ODS. Entre eles os que promovam a melhoria da saúde e educação básica; a gestão do território e economia circular, para tornar cidades mais seguras, resilientes e sustentáveis; o combate às mudanças climáticas e à perda da biodiversidade, para a proteção de todos os ecossistemas; a disponibilidade de recursos básicos: água, saneamento, energia; e a segurança alimentar, melhoria da nutrição e promoção da agricultura sustentável.
Todo o processo é gratuito. O prazo de inscrições vai se estender até o dia 4/06. Cada organização da sociedade civil interessada poderá inscrever no máximo três soluções, cadastradas individualmente.
As propostas serão analisadas por uma banca composta por até 8 curadores, entre representantes de organizações-membros do GT Agenda 2030 e especialistas externos convidados, reconhecidos por sua experiência em temas relacionados aos ODS e ao investimento de impacto social. O resultado será divulgado no dia 17/07. Entre os critérios também estarão a solidez da ideia, o nível de inovação, a capacidade de articulação com multiatores, a viabilidade operacional, a capacidade de avaliação e monitoramento e a sustentabilidade financeira.
Na primeira edição realizada em 2019, foram selecionadas 10 ideias inovadoras com impacto na vida de habitantes das mais variadas regiões do país. Os vencedores foram o projeto Costurando vidas, de capacitação em costura, bordado e artesanato sustentável para mulheres, de Itabira (MG); o Circuitos de Comercialização Agroecológica de fortalecimento da agricultura familiar, com funcionamento em seis estados da Rede Ecovida (SP, MG, BA, SC, RS e PR); o Arquitetas em Casa, da Ilha do Maranhão, na Região Metropolitana de São Luís (MA); o Redes de Produção Agroecológica Solidária, de agricultura familiar e pesca artesanal do Território do Baixo Tocantins, no Pará; Sistema Rac/Saf, de reutilização de águas cinzas do semiárido pernambucano; o Mãostiqueiras, programa de reaproveitamento de lã de ovelha em Campos do Jordão (SP); o Teia da Sustentabilidade, de Icapuí (CE); o Plantando Jardins Filtrantes e Água Boa que abrange os municípios de Cotia, Embu das Artes e Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo com a questão do tratamento do esgoto esgoto doméstico por zona de raízes; o Aqualuz, que criou um dispositivo que utiliza luz solar para tornar potável água de cisternas (BA, CE, AL e PE) e o Centro de Referência Indígena Ikolen e Karo, de Rondônia.
Sobre o GT Agenda 2030 – O GT Agenda 2030 reúne 48 entidades de diferentes setores que, juntas, cobrem todas as áreas dos 17 ODS, que devem ser alcançados até o ano de 2030. No Brasil, o grupo foi formalizado em 9 de setembro de 2014 e, desde então, atua na difusão, promoção e monitoramento da Agenda 2030 e busca divulgar os ODS, mobilizar a sociedade civil e incidir politicamente junto ao governo brasileiro e o sistema das Nações Unidas para a sua implementação. O GT é financiado pela União Europeia.
Acesse o edital na íntegra: https://bit.ly/EditalSolucoesODS
Fonte:
Iphan abre inscrições para o prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) abriu as inscrições para o prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, que vai selecionar doze trabalhos de preservação de Patrimônios Culturais. Cada ação escolhida receberá R$ 20.000,00 (vinte mil reais) como prêmio. Saiba mais no edital.
Para preencher o formulário online, é necessário ter cadastro na plataforma única de acesso do Governo Federal e selecionar a categoria e o segmento em que o projeto se encaixa. As categorias se dividem em Ações de excelência no campo do Patrimônio Cultural de natureza material e Ações de excelência no campo do Patrimônio Cultural de natureza imaterial.
Os segmentos incluem Administração direta e indireta (exceto municípios); Administração direta e indireta municipal; Universidades (Públicas e Privadas); Fundações e Empresas Privadas, exceto MEI (Micro Empreendedor Individual); Cooperativas e associações formalizadas; redes e coletivos não formalizados e, por fim, Pessoas Físicas e MEI (Micro Empreendedor Individual).
As inscrições devem ser feitas até o dia 18 de maio de 2020, pelo site portal.iphan.gov.br/premiorodrigo.
O Iphan também disponibilizou um vídeo que explica como fazer a inscrição online, caso haja dúvidas. Confira:
Arquiteta ensina em vídeo a confeccionar máscaras de tecido
Com o intuito de ajudar as pessoas a confeccionarem a própria máscara de tecido, a arquiteta urbanista Sandra Graça resolveu dar um “empurrãozinho”. E o melhor, não precisa de máquina de costura.
Segundo a profissional, a ideia surgiu com a necessidade de auxiliar pessoas que não tem condições de comprar o produto ou muito menos ter uma máquina de costura, mas que podem confeccionar sozinhas a sua própria máscara de tecido, como forma proteção e devidos cuidados contra a pandemia da Covid-19.
De acordo com o novo Decreto Nº 40.588, emitido pelo Governo de Sergipe, em 24 de abril, o uso de máscaras passa a ser obrigatório por toda a população sergipana. “Com os comunicados da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e do Governo Estadual, de que as máscaras de tecido ajudam a reduzir os riscos de contaminação, foi o incentivo que precisava para postar o vídeo, completamente fora do tema do meu canal, mas que poderia ajudar muitas pessoas”, explica.
“Minha intenção não é comercializar. Doei algumas para os mais próximos, e o meu real objetivo é que as pessoas aprendam a fazer máscaras sem máquina de costura, até mesmo com retalhos de tecidos que tenham em casa”, destaca a arquiteta.
Sandra Graça finaliza a entrevista com um incentivo. “Certamente sairemos mais fortalecidos mentalmente, espiritualmente, pois estes momentos tensos e de tantas incertezas, já estão nos tornando pessoas melhores e aflorando em nós valores que realmente fazem a diferença neste momento: generosidade e empatia”.
Assista ao vídeo abaixo, em que a arquiteta Sandra Graça ensina a confecção da máscara.