Arquitetura
Arquiteta catarinense tem projeto selecionado em concurso para criação de um novo ícone urbano no Vale do Silício
O projeto desenvolvido pela arquiteta e urbanista catarinense Alana Canto foi considerado um dos mais notáveis do Urban Confluence Silicon Valley, concurso internacional de ideias realizado este ano. O mote é a construção de um novo ícone em San José, maior cidade do Vale do Silício, nos Estados Unidos, representando a interseção de tecnologia moderna, história, arte, arquitetura, engenharia e placemaking.
O Cloud, museu de arte digital e interatividade humana armazenada proposto por Alana, foi um dos 47 projetos recomendados para submissão ao júri técnico da competição. A recomendação partiu do Painel de Competição da Comunidade, composto por 34 líderes comunitários locais, incluindo artistas, arquitetos, ambientalistas e líderes empresariais. Eles analisaram e avaliaram todas as 963 candidaturas qualificadas na competição, oriundas de 72 países, para elegerem 47 propostas de destaque. O júri, formado por arquitetos e urbanistas e arquitetos paisagistas, de atuação local, nacional e internacional, selecionou os três finalistas da competição, anunciados em setembro. Clique aqui e conheça. O grande vencedor será revelado no primeiro trimestre de 2021.
A iniciativa é a da San José Light Tower Corporation, que liderou uma convocação aberta convidando arquitetos, paisagistas, planejadores urbanos, artistas e estudantes para apresentarem propostas para a cidade.
CRIATIVIDADE E IMPONÊNCIA
O briefing da competição destacava, como premissas, design criativo, iluminação dramática e presença física impressionante. E assim Alana Canto idealizou o Clouds: um ícone de arte, inovação e sustentabilidade. O elemento conceitual é carregado de significado. “Como instrumento tecnológico, as nuvens vêm tomando conta do mercado global. Hoje, somos todos conectados de alguma forma e a cada segundo criamos um novo dado, podendo ser acessado em qualquer lugar da Terra. Sinônimo de inovação, o Vale do Silício é um lugar mágico onde o pioneiros da tecnologia mudaram o mundo para sempre. Como uma nuvem, o projeto interpreta a função biológica e digital, e traz o efeito combinatório desses dois mundos”, argumenta a arquiteta catarinense.
Alana propôs uma edificação que armazena arte digital e interatividade humana, ao mesmo tempo que é capaz de influenciar o microclima local. “Por meio da captação de água da chuva e seu reuso, por precipitação, fazendo o resfriamento do edifício como chuva artificial escorrida pela fachada, ou evaporação mantendo a umidade do ar controlada. Assim, promove microclima agradável ao desenvolvimento do parque, estimulando a geração de energia e a purificação do ar por meio da fotossíntese das plantas”, explica. O projeto prevê a utilização de fontes de energia renováveis, por natureza, com aproveitamento de energia química e solar, e pelos usuários, utilizando o caminhar das pessoas como fonte de energia cinética. “Come up walk in the clouds!” brinca Alana.
A edificação aparece como ondas em diferentes níveis, proporcionando um efeito fluido ao volume na medida em as bordas das lajes “sobem e descem”. À noite torna-se um espetáculo urbano, uma obra de arte, com sua iluminação, transmitindo ao observador a sensação de flutuar. Para ela, o projeto representa uma nova cadeia que engloba, vida humana, vida biológica, e vida edificada. “Abrigar o imaterial, a afetividade, as relações, a imaginação, a invenção, levando a sociedade a refletir sobre a importância do abstrato em nossas vidas. Respeita a relação do meio natural, e sobressai a cidade, como um respiro de que ali existe arte, inovação e sustentabilidade”, pontua.
EXPERIÊNCIA E INCENTIVO
Alana está orgulhosa do reconhecimento recebido ao projeto. “Participar da competição de ícone urbano no Vale do Silício foi uma experiência engrandecedora. Ter a oportunidade em vivenciar o desenvolvimento de um projeto de escala monumental e de chamada para propostas de design foi extraordinário. Foi um desafio profissional e pessoal, uma importante chance de enriquecer os esforços técnicos e criativos”, afirma a arquiteta, que mantém escritório próprio em Itajaí.
Esta foi a sua primeira participação em um concurso. Além da recomendação do projeto ao júri técnico, o Clouds foi destacado na Imprensa local, comentado pelo San José Spotlight como “seis dos projetos mais notáveis”. “Tenho fascínio em projetos de grande escala, e o efeito que podem causar visando o desenvolvimento sustentável de caráter exploratório das cidades, considerando o design, a inovação e a sociedade. Fiquei muito feliz por enviar uma proposta que me traga satisfação e reconhecimento, e agradeço muito a minha família, a Deus e as pessoas que estavam ao meu lado me incentivando a não desistir. Isso tudo é o que me estimula a buscar sonhos, é o que alimenta a minha paixão pela Arquitetura”, comemora.
Fonte: Revista Área
Erminia Maricato é a primeira mulher a receber a Medalha de Ouro da FPAA
A arquiteta e urbanista Erminia Maricato receberá no Dia do Urbanismo, 8 de novembro, o prêmio máximo concedido pela Federação Pan-americana de Associações de Arquitetos (FPAA): a Medalha de Ouro. No dia 29, a FPAA anunciou a relação dos premiados da edição 2020, que contemplou ainda os arquitetos e urbanistas brasileiros Gilson José Paranhos de Paula e Silva (Serviço Público); Dora Alcântara (Docência); Margareth Aparecida Campos S. Pereira (Pesquisa e Teoria) e Hector Vigliecca, uruguaio radicado no Brasil, com o prêmio Arquiteto das Américas.
A 12ª Reunião Plenária Extraordinária do CAU/BR, realizada dia 29, aprovou moção de congratulações aos arquitetos e destacou a valorização que o prêmio está dando à mulher arquiteta e aos trabalhos em habitação social.
Erminia Maricato é a primeira mulher e brasileira a receber o prêmio, mérito que está relacionado com sua efetiva contribuição para o engrandecimento e desenvolvimento da Arquitetura e Urbanismo nas Américas. A arquiteta e urbanista defendeu a Reforma Urbana de iniciativa popular na Assembleia Constituinte do Brasil, em 1988, integrando a questão urbana, pela primeira vez, como um capítulo da carta magna. Também atuou ativamente pela criação do Ministério das Cidades, sendo sua primeira secretária-executiva.
Em 1997, Erminia fundou o Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Também foi secretária de Habitação e Desenvolvimento Urbano do governo de São Paulo de 1989 a 1992.
“A todos e todas meu muito obrigada. Apesar da pandemia, apesar dos ataques à democracia, apesar da agressão à nossa soberania, vamos em frente tirar do papel e implementar a Lei nº 11.888/2008 (sobre assistência técnica para habitação de interesse social). Vamos mudar a qualidade do ambiente construído no Brasil e mostrar o quanto a arquitetura e o urbanismo são necessários à vida social”, afirmou Ermínia ao agradecer a indicação de seu nome pelo IAB ao prêmio da FPAA.
Outra mulher premiada foi a arquiteta e urbanista Dora Alcântara com o prêmio Docência. Este ano, ela também foi indicada pelo Departamento do Rio de Janeiro do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) para o prêmio Colar de Ouro, a maior comenda do IAB. Dora Alcântara é estudiosa da azulejaria luso-brasileira e tem larga experiência na defesa da preservação do patrimônio cultural e do ensino da arquitetura brasileira. É sócia titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) no Rio de Janeiro, Petrópolis e Paraguai; membro do Conselho Estadual do Departamento do Rio de Janeiro do IAB/RJ e representante do Conselho Estadual de Tombamento do Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac).
O arquiteto e urbanista Gilson José Paranhos de Paula e Silva recebeu o prêmio Arquiteto do Serviço Público. Ele presidiu a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab); o IAB nacional e o regional Distrito Federal. Também exerceu as funções de Coordenador Nacional de Concursos Públicos e Diretor Executivo da Direção Nacional do IAB. Integrou o Conselho do Ministério das Cidades por seis anos.
Seu nome está diretamente relacionado à habitação social, área em que desenvolveu vários projetos, sendo referência nacional na defesa da Lei 11.888/2008 (Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social – ATHIS). É também um obstinado propagador da realização de concursos públicos de projetos.
Mais mulher premiada pela FPAA: a arquiteta e urbanista Margareth Aparecida Campos da Silva Pereira recebeu o prêmio Pesquisa e Teoria. Margareth tem atuação no Centre Maurice Halbwachs da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (2018); no Programa de Pós-Graduação de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (2020); é professora e coordenadora do Curso de Especialização em História da Arte e da Arquitetura no Brasil da PUCRIO, entre outros. É autora de livros, artigos e exposições nas áreas de estudos culturais, principalmente nos campos da arte, da arquitetura, do urbanismo e do paisagismo, tendo como foco, sobretudo, o Rio de Janeiro.
Radicado no Brasil há mais de 40 anos, o arquiteto uruguaio Hector Vigliecca recebeu o prêmio Arquiteto das Américas da FPAA. É sócio-fundador do escritório Vigliecca & Associados, responsável por projetos como o Estádio do Castelão, em Fortaleza-Ceará; o Conjunto Habitacional Rio das Pedras, em São Paulo e a reurbanização de parte da favela Morro do Socó, no município paulista de Osasco e da favela Heliópolis, também em São Paulo.
A Cooperativa de Profissionais do Habitat (Co.Opera.Ativa) do Rio de Janeiro recebeu menção no prêmio Habitat Popular da FPAA. A cooperativa reúne profissionais de diversas áreas relacionadas com o desenvolvimento de projetos de cunho social, urbanístico, ambiental e da arquitetura. Também desenvolve produtos como projetos de Arquitetura e Urbanismo; planejamento urbano e meio ambiente; produção de habitação de interesse social e para moradores em área de risco; tecnologias alternativas para construção habitacional e outros.
O arquiteto e urbanista brasileiro Antonio Moraes de Castro presidiu o Júri de Qualificação dos Prêmios FPAA, que avaliou 143 candidaturas das diferentes Secções Nacionais. O arquiteto foi presidente do IAB-DF, atuou mais de duas décadas no Conselho Superior do IAB (COSU) e por três períodos alternados foi Secretário Geral e Secretário Executivo da Direção Nacional do IAB.
Maria Inês Sugai é a Arquiteta e Urbanista do Ano de 2020. A premiação é concedida anualmente pela Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) a profissionais que se destacam por sua atuação voltada ao desenvolvimento da profissão e das cidades brasileiras. Graduada, mestre e doutora pela FAU-USP e com especializações em Desenvolvimento Urbano e Regional e em Utilização e Conservação em Recursos Naturais pela UFSC, a professora teve sua indicação defendida pelo Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas de Santa Catarina (SASC). Atualmente, Maria Inês Sugai é professora da graduação e pós-graduação da UFSC, autora de artigos e livros, entre eles o “Espaço e Desigualdade”. Também foi membro do Conselho de Cidades do Estado de Santa Catarina.
O Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano recebe indicações dos sindicatos filiados à FNA e de entidades do setor. A definição é tomada pelo Conselho Consultivo, formado pela atual presidente e pelos ex-presidentes da federação. De acordo com a arquiteta e urbanista Valeska Peres Pinto, ex-presidente da FNA e coordenadora do 15º Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano, a escolha dos laureados se baseia na relevância do trabalho sob o ponto de vista político, social, científico e tecnológico. Além do caráter da distinção de profissionais, a premiação fortalece a importância de se trabalhar cada vez mais pelo acesso da sociedade à arquitetura e urbanismo, em particular face aos desafios colocados pela pandemia para a população brasileira.
“A pandemia tornou visíveis as desigualdades em nossa sociedade, em particular nas cidades brasileiras. Face a isto, profissionais e entidades buscaram contribuir para minimizar os efeitos da Covid-19 sobre os diferentes segmentos da sociedade assim como identificaram pautas que deverão ser consideradas no período pós pandemia.” A comissão avaliadora deste ano foi formada pela presidente da FNA, Eleonora Mascia, e pelos ex-presidentes Newton Burmeister, Valeska Peres Pinto, Eduardo Bimbi, Ângelo Arruda, Jeferson Salazar e Cícero Alvarez.
A entrega do Prêmio Arquiteto e Urbanista do Ano será realizada no dia 4 de dezembro (sexta-feira), durante o 44º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (ENSA). Em função da pandemia, a programação ocorrerá em formato virtual com a presença de profissionais de todas as regiões do Brasil.
Fonte: FNA
Equipe catarinense projeta ferramentas urbanas para prevenção da Covid-19 em territórios vulneráveis
Uma equipe de arquitetos e arquitetas de Santa Catarina teve projeto selecionado no edital Ideatón – Volver a la calle, realização do Laboratório Cidades do Banco Interamericano de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe – BID com a incubadora Ciudades Comunes. A proposta dos profissionais, todos recém formados pela UFSC entre 2019 e 2020, é a criação de um Manual de ferramentas urbanas para prevenção da Covid-19.
O desafio da equipe era criar uma proposta inovadora que conjugasse a mudança do espaço público pela pandemia com conceitos de sustentabilidade (econômica, social, ambiental), baixo custo, que facilitasse a execução e que pudesse ser replicado em outros países latinoamericanos. A arquiteta Sofia Marterer, a engenheira de materiais Leticia Anselmo e os arquitetos Vinicius Mariot e Guilherme Bruno Tiefensee Cascaes propuseram um conjunto de ferramentas urbanas para comunidades vulneráveis. A partir de materiais simples, como estêncil, fita isolante, placa OSB e tinta, eles estruturaram adaptações e marcações capazes de ajudar a manter o distanciamento social e a higienização de espaços e equipamentos. A proposta prevê, por exemplo, maior espaçamento nos bancos de pontos de ônibus, adequações em brinquedos dos parquinhos infantis e instalação de pias para higienização de mãos e utensílios.
Tão importante quanto as soluções propostas para os espaços é a forma de execução das ideias: o projeto prevê o envolvimento da comunidade no maior número possível das etapas. “Mais do que oferecer as ferramentas para ajudar na prevenção da disseminação da Covid, queremos fortalecer e fomentar o engajamento comunitário para aumentar o protagonismo da comunidade. Assim, ela se apropria da intervenção, se fortalece desenvolve resiliência para esta e outras dificuldades”, conta o arquiteto Vinicius Mariot.
O projeto segue em período de incubação até o final de outubro, quando acontece a divulgação dos resultados finais. Até lá, a equipe realiza reuniões on-line para aprimorar a proposta antes de colocá-la em prática. A intenção é prototipar as ferramentas na comunidade da Serrinha, em Florianópolis. Depois disso, poderá ganhar outros territórios, inclusive fora do país. “A proposta é voltada para comunidades que têm deficiências históricas e, neste processo, estamos percebendo que temos mais em comum com outros países latinoamericanos do que imaginávamos”, afirma Vinícius.
Conheça a Equipe
Sofia Marterer: Arquiteta e Urbanista formada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2020. Atuante na área de Planejamento Urbano e Regional, com interesse em processos participativos e experiências autônomas.
Guilherme Bruno Tiefensee Cascaes: Arquiteto e Urbanista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2019. Atuante na área da Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social (ATHIS).
Leticia Anselmo: Engenheira de Materiais formada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2019. Atuante na área de Engenharia de Materiais e Metalurgia do Pó, com foco em Tribologia de Materiais Compósitos Autolubrificantes.
Vinicius Mariot: Arquiteto e Urbanista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2019. Atuante na área de habitação social e planejamento urbano em escala de bairro.
Saiba mais sobre a convocatória Ideatón e sobre o projeto neste link
Webinar gratuito reúne especialistas em elaboração de projetos acústicos
Estão abertas as inscrições para o 12º Congresso Iberoamericano de Acústica, que será realizado em Florianópolis, de 23 a 26 de maio de 2021 (FIA202)). O evento estava programado para setembro deste ano, mas foi transferido por conta da pandemia da covid-19. Ao invés disso, como forma de marcar a data original e manter a comunidade de acústica ibero-americana engajada, a organização realizará no dia 22 de setembro de 2020, o webinar “Simulação Computacional da Acústica de Ambientes Fechados”. O encontro é gratuito e acontece às 19h. Para participar, é preciso inscrever-se previamente. Saiba mais e inscreva-se!
Promovido pela Sociedade Brasileira de Acústica (SOBRAC), o FIA2020 tem como objetivo promover o intercâmbio de experiências de pesquisadores, professores, estudantes e profissionais dos países ibero-americanos que atuam em questões de Acústica, Vibrações e áreas correlatas. A programação inclui palestras de especialistas mundialmente renomados, apresentações de trabalhos e pôsteres sobre temas relacionados às áreas de Acústica e Vibrações. Uma exposição técnica com os últimos avanços em produtos e equipamentos e o XXIX Encontro da SOBRAC ocorrerão em paralelo ao Congresso.
Saiba mais no site do evento
31 de julho passa a ser o Dia Nacional da Mulher Arquiteta e Urbanista
Data deve contribuir para monitorar as políticas para a equidade dentro do CAU. "Diagnóstico apresenta em números o tamanho do desafio que temos para alcançar a equidade", afirmou a presidente do CAU/SC, Daniela Sarmento
Uma referência especial às mulheres da Arquitetura e Urbanismo foi aprovada, dia 7, durante a 11ª Plenária Extraordinária do CAU/BR: a instituição do Dia Nacional da Mulher Arquiteta e Urbanista a ser comemorado em 31 de julho. A nova data tem caráter mais do que comemorativo, pois representa um importante passo no compromisso do CAU/BR com a promoção da igualdade de gênero em todas as suas instâncias e em sua relação com a sociedade.
Esse compromisso também foi reforçado com a criação da Comissão Temporária de Política para a Equidade de Gênero por mais 5 meses, a partir de 31 de julho de 2020, que sucede a Comissão Temporária de Gênero, cujos trabalhos se encerram em abril. Essas decisões foram adotadas após a divulgação do 1º Diagnóstico de Gênero na Arquitetura e Urbanismo, do CAU/BR, que apontou inúmeras desigualdades entre arquitetas e arquitetos em diversas áreas.
Dados extraídos do SICCAU revelam que as mulheres são 64% e os homens 36% da categoria. Em todos os Estados brasileiros as arquitetas são maioria, sendo que em 22 deles o percentual aumentou no último ano. A criação do Dia da Mulher Arquiteta e Urbanista possibilitará, também, a promoção de reflexões sobre ações e políticas que necessitam ser construídas na categoria e na sociedade para a promoção da igualdade entre mulheres e homens, a partir dos dados do 1º Diagnóstico.
“O diagnóstico apresenta em números o tamanho do desafio que temos para alcançar a equidade”, afirmou a presidente do CAU/SC, Daniela Sarmento, durante a 106ª Reunião Plenária Ordinária do CAU/SC (assista aqui) . Para a arquiteta, que integra a Comissão Temporária de Gênero, a data servirá como um marco para que o sistema CAU possa aferir, a cada ano, a evolução das suas políticas rumo ao equilíbrio das condições das arquitetas, em especial as arquitetas negras. “O diagnóstico nos mostrou diretrizes e a data de 31 de julho serve para que todos os CAU/UF possam atualizar o diagnóstico “, explica. A elaboração da Política para a Equidade de Gênero para mitigar as lacunas de gênero que foram identificadas pelo 1º Diagnóstico de Gênero na Arquitetura e Urbanismo é uma das próximas tarefas da Comissão Temporária.
Acesse o 1º Diagnóstico de Gênero na Arquitetura e Urbanismo
Com informações do CAU/BR
ONU-Habitat apoia evento sobre Planos Diretores Participativos e ODS
O ONU-Habitat está apoiando institucionalmente o Ciclo de Debates Fundamentos para as Cidades 2030, organizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina (CAU/SC) e realizado em quatro encontros online entre os meses de junho e agosto.
O ONU-Habitat está apoiando institucionalmente o Ciclo de Debates Fundamentos para as Cidades 2030, organizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina (CAU/SC) e realizado em quatro encontros online entre os meses de junho e agosto.
O Ciclo tem como objetivo a divulgação do Manual Orientativo Fundamentos para as Cidades 2030, um projeto do CAU/SC para contribuir com a realização de Planos Diretores Participativos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Outro objetivo é a conscientização da importância das políticas públicas urbanas; e a divulgação da Carta do CAU/SC aos(às) candidatos(as) às eleições de 2020, que tem como intuito reforçar junto aos futuros governantes a urgência de implementação das ações que foram debatidas durante o evento em seus respectivos municípios.
O primeiro encontro do ciclo abordou “As políticas de planejamento urbano e os ODS”, e contou com a participação de Rayne Ferretti Moraes, oficial nacional para o Brasil do ONU-Habitat. Na ocasião, ela discutiu a “Importância das políticas públicas urbanas alinhadas aos ODS.
Também houve a participação do urbanista Carlos Leite, coordenador do Núcleo de Urbanismo Social, Laboratório de Cidades, Insper-Arq.Futuro, sobre “Cidades Sustentáveis e Inclusivas: discurso x prática”.
“Este evento coroa um projeto que vem sendo desenvolvido há bastante tempo pelo CAU/SC, o Fundamentos para as Cidades 2030, e marca o posicionamento do Conselho em relação à urgência das políticas públicas urbanas a serem adotadas com seriedade e a necessidade de estarem alinhadas à Agenda 2030″, explicou Daniela Sarmento, presidente do CAU/SC.
“Nesse sentido, é de fundamental importância o apoio do ONU-Habitat, especialmente para podermos amplificar este conteúdo em um momento tão delicado como este que estamos vivendo.”
“Entendemos que este conteúdo reforça a importância do papel do(a) arquiteto(a) e urbanista como profissional estratégico para o desenvolvimento urbano e esperamos que este conteúdo possa servir como uma oportunidade de capacitação para todos os atores que constroem, fazem a gestão e vivem a cidade.”
Para Rayne Ferretti Moraes, iniciativas como esta são importantes porque contribuem para a divulgação e o fortalecimento do ODS 11, cuja responsabilidade de monitoramento é do ONU-Habitat.
Para ela, também é importante porque apresentam roteiros e boas práticas de como alinhar as agendas globais de desenvolvimento, como a Agenda 2030 e a Nova Agenda Urbana, aos instrumentos locais de planejamento urbano, de modo que eles sejam construídos de forma participativa e orientados em prol de cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis.
Acesse o vídeo do primeiro encontro no canal do Youtube do CAU/SC.
Próximos encontros do Ciclo de Debates Fundamentos para as Cidades 2030*
08/07: O processo de elaboração de Planos Diretores Participativos – Elaboração, Revisão, Participação, Tramitação, Implementação
Horário: 14h às 16h
Convidadas: Margareth Matiko Uemura (Instituto Pólis) e Betânia Alfonsin (IBDU).
22/07: Aplicação dos ODS na prática do planejamento urbano
Horário: 14h às 16h30
Convidados(as): Instituto COURB; Representante da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e Cid Blanco (METRODS).
05/08: Os desafios na realização das políticas urbanas pelas Prefeituras e a Agenda 2030
Horário: 14h às 17h30
Convidados(as): Sisi Blind (Prefeita de São Cristóvão do Sul/SC), Márcia Lucena (Prefeita de Conde/PB) e Claudio Acioly ((ex-Diretor do Programa Internacional de Cooperação Urbana (IUC) da União Europeia).
*Programação sujeita a alterações.
Para mais informações, acesse: https://www.causc.gov.
UNIDAVI promove palestra baseada em pesquisa de 25 anos sobre Enxaimel
Nesta terça-feira, 16 de junho, a UNIDAVI (Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí) vai realizar uma palestra on-line sobre a técnica enxaimel. A arquiteta, professora e pesquisadora Angelina Wittman vai ministrar as conclusões de uma pesquisa de mais de 25 anos sobre do método de construção.
A palestra “A evolução histórica da técnica construtiva enxaimel na Alemanha e no Brasil” acontece pelo Google Meet, às 20h. Para acessar a transmissão, você pode usar o seu telefone para ler o código QR na imagem desse post ou entrar no link meet.google.com/hah-ajvq-djm.
Estudo do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis busca contribuições de toda a população
O Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) está realizando um estudo para identificar colaborar na avaliação e classificação de imóveis com valor cultural na cidade. Para isso, o Serviço de Patrimônio Histórico, Artístico e Natural (SEPHAN) desenvolveu três questionários, em diferentes complexidades, a fim de receber contribuições de todos os setores da população.
O Questionário Simplificado, voltado a “qualquer pessoa que conhece ou tenha interesse em conhecer Florianópolis”, vai auxiliar o SEPHAN a entender quais os valores culturais são mais reconhecidos pela população em geral e compreender quais motivos levam uma pessoa a ter interesse em visitar um monumento.
O Questionário Intermediário tem como público-alvo estudantes de cursos de arquitetura, engenharias, museologia, história e afins; profissionais da área da construção civil, restauro, história, legislação; pessoas com interesse na área do patrimônio cultural e proprietários de imóveis que são patrimônios culturais. As respostas deste irão colaborar com a compreensão dos valores culturais mais reconhecidos dentre essas pessoas, ou seja, qual o critério para identificar um bem cultural.
O Questionário Avançado é destinado a profissionais que tenham experiência ou interesse na área de patrimônio histórico, como arquitetos com experiência ou especialização; restauradores; arqueólogos, pesquisadores e afins. Este questionário é importante para que o SEPHAN compreenda quais os valores culturais mais reconhecidos por profissionais da área com experiência ou interesse em patrimônio histórico.
A arquiteta e gerente do SEPHAN, Marilaine Schmitt, junto ao arquiteto Luciano Portella, vão participar de uma transmissão ao vivo na terça-feira, 09/06, às 20h, pelo Instagram do IPUF. A live tem como objetivo tirar dúvidas sobre o estudo e os questionários. Para acessar, basta visitar o perfil @ipuf.oficial no dia da transmissão.
Guia apresenta recomendações para planejamento de parques urbanos com perspectiva de gênero
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e o Instituto Semeia lançaram nesta quinta-feira (21) a publicação Parques para Todas e Todos – Sugestões para a implantação de parques urbanos com perspectiva de gênero. O guia contém diretrizes e sugestões para arquitetar parques que atendam a necessidades de diferentes gêneros e foi apresentado durante uma live do Instituto. A elaboração do documento teve apoio do ONU Mulheres e Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).
A cartilha se divide em três partes: “Perspectiva de Gênero” apresenta o conceito e expõe a necessidade de empregá-lo no planejamento urbano. Em “Recomendações para Parques Urbanos“, há orientações que abordam desde a contratação de empresas para execução das obras e planejamento até a linguagem em campanhas. E por fim, “Recomendações para parcerias com a iniciativa privada” aconselha a respeito das oportunidades de debater gênero na formação de contratos.
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) é um organismo operacional das Nações Unidas que busca auxiliar na prestação de assistência humanitária, além das intervenções em favor da paz e segurança. O Instituto Semeia é uma organização brasileira que tem como objetivo desenvolver projetos que se atentem às conservações ambiental, histórica e arquitetônica de parques públicos.
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