Urbanismo
Conheça os projetos que renderam reconhecido a um escritório de Florianópolis no 10º Prêmio AsBEA de Arquitetura
Dois projetos que privilegiam o pedestre renderam reconhecimento do 10º Prêmio AsBEA de Arquitetura ao escritório JA8 Arquitetura e Paisagem, de Florianópolis. O projeto do Parque Linear do Córrego Grande foi contemplado na categoria “Obras Edificadas” e o projeto de Humanização da Rua Bocaiúva recebeu menção honrosa na categoria “Obras Não Edificadas”, que ainda não foram implementadas. O prêmio da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura destaca os projetos arquitetônicos brasileiros e valoriza a criatividade e a inovação dos arquitetos do país.
O projeto do Parque Linear do Córrego Grande é assinado pelas sócias do JA8 Arquitetura e Paisagem, Juliana Castro e Clarice Wolowski e pelo professor e arquiteto, Cesar Floriano. O equipamento premiado integra um conjunto de ações desenvolvidas como parte de um projeto de extensão do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC após Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com construtoras proprietárias da área e está localizado na área conhecida como Fazendinha, no bairro Córrego Grande.
Trata-se de uma praça onde se destaca o desenho arquitetônico de uma ponte que liga dois pontos da comunidade separados por um curso d’água dentro de uma área de preservação permanente. “A ponte tem um desenho forte que pulsa como arte pública e é também um lugar de encontro”, explica o professor Cesar Floriano. “É uma inserção de baixo impacto dentro de uma APP e que privilegia o trânsito de pedestres e ciclistas”, completa a arquiteta Juliana Castro.
O Parque Linear do Córrego Grande é dividido em três áreas: Sertão do Córrego Grande (Poção), Fazendinha e Parque São Jorge. “O conceito do parque linear é muito importante e pode servir de referencia para outras áreas da cidade que poderiam ser destinadas ao uso das pessoas”, afirma o professor Cesar Floriano.
A menção honrosa para o projeto de humanização da Rua Bocaiúva também reconhece a valorização dos espaços para pedestres. Financiado pelo Sebrae e aprovado pela Prefeitura de Florianópolis, o projeto prevê medidas como a ampliação dos passeios, a instalação de equipamentos de permanência e o desenho de uma ciclofaixa compartilhada com pedestres. A pista dupla para os veículos foi mantida, com redesenho das caixas. A expectativa é que o projeto seja realizado no próximo ano.
Para Juliana, o reconhecimento dos projetos que prestigiam as pessoas dentro do espaço urbano consolida uma tendência arquitetônica. “A arquitetura que considera a escala humana é uma premissa que compactua com a perspectiva contemporânea da cidade e estamos participando da iniciação desta tendência”, afirma a arquiteta.
Onde você quer uma oficina do ‘Arquitetando o Seu Negócio’ em 2019?
Dando continuidade ao projeto Arquitetando o seu negócio, que o CAU/SC e o Sebrae/SC promovem desde 2015, estamos realizando as primeiras oficinas do projeto em 2018. As turmas de Florianópolis e Itajaí foram preenchidas em menos de 48 horas (agora o Sebrae está finalizando a inscrição e o pagamento junto aos pré-inscritos). Em Joinville as últimas vagas ainda estão disponíveis (corre lá: https://www.causc.gov.br/agenda/arquitetando-seu-negocio-joinville/) .
Aproveitando o sucesso das inscrições e o retorno dos arquitetos pelas mídias do CAU/SC, gostaríamos de fazer uma enquete para saber onde você quer o Arquitetando o seu Negócio em 2019. Estamos em fase de programação para o próximo ano, com esse dado poderemos alinhar com o Sebrae/SC as datas e os locais para 2019.
Portanto, manifeste-se pelo link:
https://www.causc.gov.br/comunicacao/eventos/registro-de-interesse/
Mobilize seus colegas para que possamos levar mais oficinas do projeto para a sua cidade. São 22 vagas por evento, dependendo da demanda de cada região e da disponibilidade dos consultores do Sebrae/SC, vamos chegar a mais cidades do estado!
Seminário “O Direito à Moradia e a Cidade”: dias 26 e 27, em Blumenau
Arquitetura e Urbanismo para as pessoas! O evento tem início nessa próxima quinta feira, dia 26. A programação completa você confere aqui:
Programação do Seminário ‘O Direito à moradia e a Cidade’
Quinta-feira, 26 de abril de 2018
TÍTULO: A MORADIA E O DIREITO À CIDADE
18:30 Inscrição
19:00 Abertura
19:15 Palestras:
Plano estratégico de Implementação da Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social
Arq. Claudia Poletto – Coordenadora Comissão Especial de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social – CATHIS do CAU/SC
Arq. Karla Moroso – Arquitetura Humana (escritório contratado pelo CAU a elaboração do plano)
Fórum Sul de Reforma Urbana
Mecanismos de transferência de Recursos entre os entes Federados para viabilização do programa Cartão Reforma – Perspectiva para os municípios de estado de SC
Amarildo Luiz Gaio – Secretário Executivo de Habitação e Regularização Fundiária da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação Governo de Santa Catarina
A importância da mobilização social para promover o direito à moradia
Ezequiel Morais – Movimento Nacional de Luta pela Moradia e Fórum Sul de Reforma Urbana
Mecanismos e possibilidades de viabilização da ATHIS
Arq. Lino Peres – Arquiteto, ex-professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSC e Vereador de Florianópolis/SC
Arq. João Gallardo – Arquiteto e Presidente do IAB/SC
20:45 Debate Aberto
22:00 Encerramento
Sexta-feira, 27 de abril de 2018
TÍTULO: PLANEJAMENTO URBANO, MERCADO E DIREITOS COLETIVOS
8:00 Exposição e debate
A conformação do território a partir da abordagem da relação entre processos sociais, políticas públicas e funcionamento dos mercados fundiários.
Arq. Eduardo Reese
Subsecretário de Políticas Socioeconômicas do Ministério de Desenvolvimento Humano do governo da Província de Buenos Aires. Docente do Ateliê de Desenvolvimento Territorial da licenciatura em Urbanismo na Universidade Nacional de General Sarmiento (UNGS – Argentina)
9:30 Intervalo
10:00
Oficina/reunião de articulação entre entidades e movimentos sociais, e encaminhamentos.
Arq. Eduardo Reese – Subsecretário de Políticas Socioeconômicas do Ministério de Desenvolvimento Humano do governo da Província de Buenos Aires. Docente do Ateliê de Desenvolvimento Territorial da licenciatura em Urbanismo na Universidade Nacional de General Sarmiento (UNGS – Argentina)
11:30
Oficina/reunião de articulação entre entidades e movimentos sociais, e encaminhamentos.
Arq. Karla Moroso
Arquitetura Humana (escritório contratado pelo CAU a elaboração do plano)
Fórum Sul de Reforma Urbana
13:00 Encerramento
7 coisas que você precisa lembrar ao exercer Arquitetura e Urbanismo
Veja algumas das regras imprescindíveis para você garantir ser um profissional de arquitetura e urbanismo ético e bem sucedido
Mensalmente, a Comissão de Ética e Disciplina do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina (CED) analisa inúmeros casos de má conduta profissional. Da prática irregular de reserva técnica à falta de placas em obras. São diversos tipos de infrações contra o código de ética profissional e às leis que regulamentam a profissão no Brasil.
Publicado em setembro de 2013, o Código de Ética e Disciplina do Conselho de Arquitetura e Urbanismo aponta regras de postura e comprometimento profissional que tem como intuito qualificar o mercado de trabalho e cultivar as boas relações entre profissionais, clientes e parceiros. Ao cometer uma infração, o profissional fica sujeito às sanções ético-disciplinares que podem prejudicar sua atuação.
Nesta publicação, selecionamos sete regras imprescindíveis para te ajudar a conquistar uma carreira tranquila, bem sucedida, e livre de sanções ético-disciplinares.
1. Para alterar o projeto de outro profissional, você precisa de autorização!
Conforme a recomendação da regra nº 5.2.14 do Código de Ética e Disciplina do CAU/BR, o profissional de arquitetura e urbanismo encarregado da direção, fiscalização ou assistência técnica à execução de obra projetada por outro colega deve declarar-se impedido de fazer e de permitir que se façam modificações nas dimensões, configurações e especificações e outras características, sem a prévia concordância do autor do projeto.
2. Lembre-se de reconhecer e registrar a coautoria de projetos em parceria.
Respeitar e reconhecer o trabalho desenvolvido por colegas em parcerias é dever de todo arquiteto e urbanista. A Regra nº 5.2.12 do Código de Ética e Disciplina do CAU/BR determina que, em cada projeto, obra ou serviço, as situações de coautoria e outras participações sejam especificados. A determinação também é descrita no art. 14 da Lei nº 12.378/2010 da Constituição Federal.
3. Não esqueça a placa com dados de identificação!
A visibilidade das informações sobre o responsável técnico pela obra é um dos pré-requisitos para a regularidade da construção. Durante a execução da obra, há informações que precisam estar visíveis. São elas o nome do arquiteto e urbanista ou empresa de arquitetura e urbanismo responsável, o serviço que está em andamento, o número de registro no CAU e outras informações de contato devem ser divulgadas. Conforme a regra nº 2.2.8 do Código de Ética e Disciplina do CAU/BR essas informações devem ser públicas e visíveis, à frente da edificação objeto da atividade realizada, conforme o especificado no art. 14 da Lei n° 12.378/2010.
4. As atividades técnicas de arquitetura e urbanismo precisam de Registo de Responsabilidade Técnica (RRT).
Para fins de comprovação de autoria, participação e de formação de acervo técnico, o arquiteto e urbanista deve registrar seus projetos e demais trabalhos técnicos no CAU. Além de garantir à sociedade o comprometimento do profissional responsável pelo serviço, o RRT também tem fins de comprovação de direitos autorais. Essa determinação está prevista nos artigos 13 e 18 da Lei nº 12.378/2010, legislação que regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo.
5. Regularize sua proposta técnica através de um contrato.
Você e seu cliente precisam de segurança. Por isso, conforme a regra nº 4.2.10 do Código de Ética e Disciplina do CAU/BR, ao formular uma proposta técnica você deve elaborar um contrato escrito. Esta formalização do serviço será um guia dos compromissos firmados entre o arquiteto contratado e o cliente contratante. Além das questões legais, devem constar no documento: Detalhamento dos produtos técnicos a produzidos – natureza e âmbito; etapas e prazos; remuneração proposta e as formas de pagamento.
6. Comissões e reserva técnica? Nem pensar!
O assunto é polêmico, mas a regra é clara! Conforme a regra nº 3.2.16 do Código de Ética e Disciplina do CAU/BR: “O arquiteto e urbanista deve recusar-se a receber, sob qualquer pretexto, qualquer honorário, provento, remuneração, comissão, gratificação, vantagem, retribuição ou presente de qualquer natureza – seja na forma de consultoria, produto, mercadoria ou mão de obra – oferecida pelos fornecedores de insumos de seus contratantes”. A infração também é prevista no inciso VI do art. 18 da Lei n° 12.378, de 2010.
7. Especificar produtos a fim de receber viagens vinculadas a programas de pontuações também configura falta ética.
A mesma regra (nº 3.2.16 do Código de Ética e Disciplina do CAU/BR ) vale para os programas de pontuação que preveem vantagens e viagens aos profissionais que especificarem produtos aos seus clientes, através de um vínculo com um fornecedor. O CAU/SC acredita que a partir de uma relação transparente entre arquiteto e cliente é possível se valorizar a profissão. Por isso, incentiva boas práticas. Desse modo, o trabalho de um arquiteto e urbanista deverá ter a remuneração merecida a partir do próprio trabalho, e não por meio de comissões.
Leia também: Projeto de Lei pretende criminalizar o exercício ilegal das profissões de arquiteto e urbanista
Projeto de Lei pretende criminalizar o exercício ilegal das profissões de arquiteto e urbanista
Ronaldo Lessa (PDT/AL) apresentou requerimento para agilizar votação da proposta, parada há 15 anos no Congresso Nacional.
O projeto de lei que torna crime contra a saúde pública o exercício ilegal das profissões de arquiteto e urbanista, agrônomo, engenheiro, dentista, médico e farmacêutico deve passar a tramitar em regime de urgência na Câmara dos Deputados. O pedido para acelerar a análise da matéria é de iniciativa do deputado Ronaldo Lessa (PDT/AL). O requerimento contou com a assinatura de líderes de oito partidos. “Agora esperaremos que o presidente da Câmara paute o projeto e trabalharemos para que seja aprovado”, afirma o parlamentar.
A proposta, de autoria do ex-deputado fluminense José Carlos Coutinho, foi apresentada em 2002 e até hoje não foi votada em definitivo na Câmara dos Deputados. O texto prevê que quem exercer ilegalmente as profissões mencionadas, ainda que gratuitamente, estará sujeito a uma pena de seis meses a dois anos de prisão. Caso o exercício se dê com fins lucrativos, o condenado pagará ainda multa de dois a vinte salários mínimos.
EXERCÍCIO ILEGAL É RISCO PARA SOCIEDADE
O presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro, elogiou a iniciativa de agilizar a apreciação do projeto. “A aprovação da mencionada proposição, paralisada há mais de dez anos, inibirá a atuação fraudulenta de falsos profissionais que representam risco à segurança da sociedade e desprestigiam os conhecimentos técnicos, culturais e sociais da categoria, composta por aproximadamente 150.000 (cento e cinquenta mil) arquitetos e urbanistas registrados neste Conselho”.
ENTENDA O “REGIME DE URGÊNCIA”
O regime de urgência dispensa algumas formalidades na tramitação do projeto dei lei. Para tramitar neste regime, a proposição deve tratar de matéria que envolva a defesa da sociedade democrática; das liberdades fundamentais; tratar-se de providência para atender a calamidade pública; de Declaração de Guerra, Estado de Defesa, Estado de Sítio ou Intervenção Federal nos estados; acordos internacionais e fixação dos efetivos das Forças Armadas, entre outros casos.
Uma proposição também pode tramitar com urgência quando houver apresentação de requerimento nesse sentido. Caso a urgência seja aprovada, a proposição será colocada na Ordem do Dia da sessão deliberativa seguinte do Plenário, mesmo que seja no mesmo dia.
Clique aqui para acessar a íntegra do Projeto de Lei nº 6.699/2002
Movimento Traços Urbanos promove ação Cidade Limpa e oficina de arquitetura para as crianças, em Florianópolis
As atividades serão realizadas no Museu da Escola Catarinense (MESC) e integram a programação do evento Nossa Rua
A importância da limpeza urbana para a qualificação dos espaços públicos da cidade é o grande tema da ação ‘Cidade Limpa’, que será realizada nos dias 5 e 6 de maio pelo Movimento Traços Urbanos, em Florianópolis. Na programação, estão palestras, debates, oficina de arquitetura voltada para crianças e mutirão de limpeza na região do Centro Histórico Leste da capital catarinense, batizada de ‘Distrito Criativo’ pelo movimento.
As atividades serão realizadas no Museu da Escola Catarinense (MESC) – rua Saldanha Marinho, 196 – e integram a programação do evento Nossa Rua, promovido pelo movimento, que também contará com Caminhadas Culturais pela região, nos dias 6 e 13. Informações e inscrições aqui. A ação ‘Cidade Limpa’ conta com o apoio do MESC, da AsBEA-SC, do Hotel Porto da Ilha, do Hippo Supermercados e do Paladar das Artes Café.
No dia 5 de maio serão realizadas as palestras e debates, das 19h às 21h. Sob o tema ‘Espaços Urbanos’, o primeiro case a ser apresentado será o da Cidade Ativa, é uma organização social com sede em São Paulo que luta por cidades mais inclusivas, resilientes e saudáveis, com foco na leitura e transformação da paisagem e na transformação das pessoas. A apresentação será feita pela arquiteta e urbanista Rafaella Basile, Coordenadora de Projetos e Pesquisas da Cidade Ativa. Na sequência, será apresentado o projeto ‘Cidade Limpa’ pelo jornalista Marcelo Palinkas, responsável pela implantação do projeto Cidade Limpa em Ribeirão Preto, no interior do estado de São Paulo. Em vigor desde janeiro de 2012, a Lei Cidade Limpa resultou na recuperação da arquitetura original de imóveis e a qualificação da paisagem urbana da cidade.
No dia 6 de maio, as atividades terão início às 9h, com café orgânico coletivo. Às 10h, terá início a ‘Oficina: arquitetura para as crianças’, ministrada pela arquiteta e urbanista Simone Sayegh, cofundadora da Pistache Editorial – que propõe a difusão do conhecimento da técnica e dos aspectos sociais da arquitetura –e coautora do livro Casacadabra, publicação que apresenta dez casas de referência na arquitetura nacional e internacional e estimula a criança a pensar sobre sua casa e sua cidade, e desenvolver maneiras de ver o mundo à sua volta. “Queremos abordar a importância da Cidade Limpa para a qualificação dos espaços urbanos com a participação das crianças, como protagonistas e multiplicadoras desse conceito”, resume o arquiteto e urbanista Giovani Bonetti, coordenador do grupo Palestras e Debates e um dos idealizadores do Movimento Traços Urbanos. A atividade é aberta para crianças de 6 a 12 anos. Inscrições limitadas a 30 participantes.
Na oficina, as crianças utilizam materiais recicláveis para construírem maquetes de casas e, juntas, montarem uma pequena cidade, levando em conta as relações das pessoas com o meio urbano.”O objetivo é explorar a cidade, as formas de habitá-la e de construí-la, aguçar o olhar da criança para as edificações e a relação entre elas e incentivar a criatividade na criação de casas e construções urbanas”, explica Simone. As atividades serão encerradas às 13h,com mutirão de limpeza pela área do entorno imediato ao MESC, liderada pelo Movimento 1, que realiza ações com cunho Social, Arte e Entretenimento e Educação em Florianópolis.
Neste mesmo dia, o Movimento Traços Urbanos promoverá a primeira edição da Caminhada Cultural, com início às 10h na Catedral Metropolitana. O tour seguirá um percurso por dez pontos da região, comandado pelos guias de turismoJaqueline Vargas, Franciele Dias, Rodrigo Stüpp e Isaac Ribeiro. O encerramento será às 12h, com piquenique coletivo, na Praça dos Três Poderes. A experiência será repetida no dia 13 de maio, porém com narração em inglês, das 11h às 13h.
Mutirão de limpeza – Realização em 06/05/2017O Movimento Traços Urbanos convida todos para participarem do mutirão de limpeza que será realizado no próximo sábado às 10h, liderada por Tiago de Souza Azevedo, do Movimento 1. Será em uma área no entorno do MESC, no Centro Histórico Leste de Floripa – região batizada de Distrito Criativo. A atividade faz parte da ação 'Cidade Limpa', promovida pelo movimento. Participe! Confirme sua presença pelo site http://www.movimentotracosurbanos.com/agenda.php
Publicado por Movimento Traços Urbanos em Terça, 2 de maio de 2017
Arquitetura para crianças – Realização em 06/05/2017O Movimento Traços Urbanos traz a Florianópolis a arquiteta e urbanista Simone Sayegh para a Oficina: arquitetura para crianças, que será realizada no próximo sábado, no MESC. Crianças de 6 a 12 anos estão convidadas a participar, para criar maquetes de casas com materiai recicláveis, montar uma pequena cidade e debater sobre as cidades e as relações das pessoas com o meio urbano.Cofundadora da Pistache Editorial – que propõe a difusão do conhecimento da técnica e dos aspectos sociais da arquitetura – Simone é coautora do livro Casacadabra, publicação que apresenta dez casas de referência na arquitetura nacional e internacional e estimula a criança a pensar sobre sua casa e sua cidade, e desenvolver maneiras de ver o mundo à sua volta. A oficina é gratuita e limitada a 30 crianças.Inscreva-se já no site http://www.movimentotracosurbanos.com/agenda.php
Publicado por Movimento Traços Urbanos em Terça, 2 de maio de 2017
Sobre o Movimento Traços Urbanos Planejar e executar ações que contribuam para a requalificação dos espaços públicos e de uso coletivo de Florianópolis. Essa é a meta do movimento Traços Urbanos, formado por um grupo transdisciplinar com pessoas de diferentes competências e áreas de atuação. Em comum, elas compartilham o interesse de transformar a cultura urbana a partir da revitalização de diversas regiões da cidade, de forma voluntária. Iniciado em agosto de 2016, idealizado pelos arquitetos e urbanistas Giovani Bonetti e Silvia Lenzi, a partir de uma conversa informal entre amigos, o movimento foi sendo ampliado e hoje integra 160 pessoas, entre arquitetos, engenheiros, designers, jornalistas, artistas plásticos, guias de turismo, fotógrafos e educadores, atuantes nos setores privados e públicos. Os membros mantêm contato permanente pelas redes sociais e aplicativos de conversas e reúnem-se periodicamente na sede do Museu da Escola Catarinense (MESC), no coração da área que chamam de Distrito Criativo, ao leste da Praça XV de Novembro. Essa é a região-alvo das primeiras ações desenvolvidas pelo Movimento Traços Urbanos.
Hortas urbanas: mais sustentabilidade para a cidade
Virada Sustentável, realizada em seis cidades brasileiras desde o ano passado, é uma das iniciativas que dá visibilidade à causa
Com um ritmo de vida acelerado, o aumento da tendência ao consumo de alimentos industrializados e a verticalização das cidades, parece cada vez mais distante da realidade plantar aquilo que se come. A não ser para quem mora em sítios ou casas com maior espaço aberto, não é comum ter uma horta em casa. Mas o entendimento sobre os benefícios de produzir os próprios alimentos tem aumentado e, junto, as discussões sobre alternativas para viabilizar esta possibilidade.
A Virada Sustentável, realizada em seis cidades brasileiras desde o ano passado, é uma das iniciativas que dá visibilidade à causa. Guiado pelos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, o evento teve sua segunda edição em Porto Alegre de 31 de março a 2 de abril de 2017. Uma das atividades do evento foi justamente uma palestra sobre hortas em condomínios. Além de compreender aspectos técnicos e práticos da implementação de hortas em ambientes urbanos, os participantes do evento puderam tirar dúvidas específicas com os facilitadores do debate, Leonardo Brawl, arquiteto e urbanista de formação, e Rafael Knebel, psicólogo social. A dupla faz parte do Raiz Urbana, uma mistura de movimento com empreendedorismo social, que funciona dentro do TransLAB, um instituto de pesquisa e produção em inovação social que abriga várias iniciativas interdisciplinares.
As hortas urbanas
O debate realizado na Virada Sustentável durou uma hora e teve a função, principalmente, de ajudar os participantes interessados a dar o primeiro passo para a implantação de uma horta em suas casas ou condomínios. Leonardo Brawl e Rafael Knebel abordaram dos aspectos mais básicos – como a identificação de parceiros em potencial dentro do condomínio para promover a ideia – até questões técnicas sobre permeabilidade, luz e dimensões dos espaços para instalação de hortas. Uma técnica utilizada em condomínios que já adotaram as hortas comunitárias é a da compostagem com o lixo orgânico produzido pelos moradores. Com um pequeno minhocário, é possível dar uma utilidade aos resíduos na fertilização da terra da horta.
Além disso, ficou evidente que se trata de uma temática de interesse coletivo e individual. Poder plantar alimentos para consumo próprio é econômico, bom para o planeta e para a saúde – já que dispensa o uso de agrotóxicos e venenos. Além disso, ter uma horta no condomínio estimula um pensamento colaborativo, promove trocas de experiências e humaniza o contato com os vizinhos. Embora, em comparação a outros países, a prática ainda seja incipiente no Brasil, já houve um crescimento considerável do debate em torno da questão.
O papel do arquiteto no pensamento sustentável
As atividades ligadas às hortas urbanas na Virada Sustentável foram, também, uma oportunidade para arquitetos e urbanistas pensarem e discutirem a função social da profissão, e em que sentido ela se relaciona com a sustentabilidade. Bruna Bonassina, arquiteta e urbanista que acompanhou o encontro, acredita que a sustentabilidade ainda é um tema pouco abordado dentro da universidade e pouco vinculado à arquitetura pela sociedade como um todo. “É importante aproximar a profissão, que parece muito técnica, de algo mais humano, da comunidade, de pensamento coletivo. As pessoas não se dão conta de que a profissão do arquiteto está relacionada à sustentabilidade. Parece que somos as pessoas que querem tornar tudo cinza, apenas construir cada vez mais e que a sustentabilidade está contra a nossa profissão”, afirma.
Outra participante do evento, também arquiteta e urbanista, comenta que o próprio mercado de trabalho ainda não se abriu o suficiente para a questão. “Eu tive a oportunidade de trabalhar num escritório que realmente fazia arquitetura aliada à sustentabilidade, com certificação, e a aceitação é muito difícil. Então, o escritório acabou fechando. Por falta de público e de fornecedores”, comenta Daniela Bertuol.
Já os facilitadores do debate, Leonardo Brawl e Rafael Knebel, também percebem as dificuldades da consolidação deste pensamento no mercado e ressaltam o quanto a arquitetura e o urbanismo devem se preocupar com a temática. “O urbanismo tem a responsabilidade de tentar mostrar caminhos possíveis para uma sustentabilidade ambiental. E a arquitetura, em sua questão técnica, também pode se comprometer com isso. A bioconstrução, as técnicas de permacultura, conhecimentos transdisciplinares podem ser aliados dos arquitetos”, destaca Brawl.
Planejamento urbano e acesso ao transporte também afetam a saúde mental
A cidade pede atenção, os carros pedem passagem, o barulho invade o espaço físico e mental. Nenhum desses pedidos vem com aviso prévio e muitas vezes sequer são percebidos.
A cidade pede atenção, os carros pedem passagem, o barulho invade o espaço físico e mental. Nenhum desses pedidos vem com aviso prévio e muitas vezes sequer são percebidos. O cenário urbano infiltra-se na rotina por todos os lados e vieses. Ainda que esses elementos passem despercebidos ou assimilados de forma natural, eles requerem atenção e esforço mental. Isso, somado à perspectiva de que 70% da população esteja morando nas cidades até 2050, faz com que cada vez mais sejam feitos estudos que refletem a relação entre planejamento urbano, arquitetura e saúde mental.
Os estudos somam esforços para entender como a vida urbana afeta o desenvolvimento cognitivo dos habitantes e qual o papel da cidade no desenvolvimento de transtornos mentais. Por outro lado, existem também pesquisas que pontuam os aspectos positivos dos centros urbanos. Elas analisam a inter-relação entre a vida humana e o ambiente que escolhemos para morar, do estresse causado por engarrafamentos até o bem-estar proveniente da arborização urbana.
O cérebro se adaptou às cidades
A igual divisão entre o espaço rural e urbano que o povo Himba tomou, na Namíbia, serviu como base deestudopara cientistas da Universidade de Londres. Em um dos experimentos, os pesquisadores empregaram uma tarefa básica de atenção espacial. Todos os participantes precisavam seguir um alvo em uma tela, indicado por setas, e deveriam ignorar as setas que apontavam em outras direções. Os habitantes que habitavam a zona rural ou mais remota apresentaram mais foco durante a tarefa.
A conclusão dos cientistas foi que o cérebro das pessoas que vivem no interior parece pronto a focar imediatamente em uma tarefa apresentada. Em contrapartida, os habitantes da cidade mostram-se preparados para explorar o cenário em constante mudança da vida urbana. Essa distinção, no entanto, demonstra apenas como a cidade condiciona seus moradores a funcionarem de maneira diferente.
Existem, como essa, diversas outras análises sobre o ambiente urbano. Estudos sobre a densidade, o uso do solo, a segurança viária, o desenho urbano e o impacto dos transportes tendem a apresentar bons resultados no ramo da saúde em geral, seja em impactos sociais ou econômicos, mas são poucos os estudos que levam em conta a saúde mental. Existem aprofundamentos que levam em conta a poluição sonora e visual e a falta de acesso a espaços verdes e o impacto que isso causa para o bem-estar das pessoas.
Essa foi a premissa adotada por um grupo de pesquisadores italianos para analisar a relação entre o ambiente urbano e o impacto na saúde mental dos habitantes. Independentemente dos papéis desempenhados pelos bairros e a desvantagem social individual. A análise foi feita a partir das variações na prescrição de antidepressivos em relação às dimensões específicas do ambiente construído em volta – densidade urbana, uso misto do solo, áreas verdes, serviços públicos, acessibilidade por meio de transportes públicos.
As análises foram feitas em Turim, na Itália, e o resultado obtido sobre a incidência de sintomas depressivos entre os adultos, medida pela prescrição de antidepressivos, diminuiu com a melhoria de algumas características específicas do ambiente urbano. Mas, principalmente, aos efeitos da densidade urbana e da acessibilidade ao transporte público. Em ambos os casos, os efeitos foram mais evidentes entre as mulheres e os idosos.
Em conclusão, os resultados da pesquisa sugerem que a distribuição de receitas de antidepressivos é, além de outros fatores conhecidos, sim, influenciada por alguns componentes urbanos. Os elementos da saúde mental devem, portanto, ser levados em conta ao se pensar “políticas urbanas e investir na prestação de serviços que melhoram fatores de resiliência, acima de tudo, investir em uma boa rede de transportes públicos, de uma forma cuidadosa e igualitária em toda a cidade”, destaca o estudo.
Sobre as evidências que apontam efeitos maiores em mulheres e idosos, o estudo indica que deve ser dada atenção aos grupos socialmente vulneráveis. Serviços de acessibilidade e de transporte podem ser facilmente modificados pelos tomadores de decisão como uma medida de compensação quando é impossível fornecer um serviço igualitário para todos. No escopo das bicicletas, falamos sobre a desproporção entre homens e mulheres e como a infraestrutura urbana não é amigável o suficiente para que todas as mulheres se sintam encorajadas a pedalar pela cidade.
Cidades são estruturas complexas, tanto quanto o cérebro humano. No entanto, a identificação de alguns elementos estressantes no ambiente urbano, como a pouca densidade e a falta de acesso ao transporte público, pode ajudar a pensar cidades melhores para as pessoas. Esses elementos podem, portanto, ser levados em conta por urbanistas para beneficiar, a partir do planejamento urbano, a cognição e a nossa saúde mental.