Um atropelamento no dia 8 de novembro resultou na trágica morte da pesquisadora e cicloativista Marina Kohler Harkot. Cientista Social, mestre em Arquitetura e Urbanismo e pesquisadora do Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade (LabCidade-FAU/USP), Marina foi uma das ministrantes da oficina “Vem por aqui: criando espaços mais seguros para mulheres”, promovido pela Bloco B Arquitetura, que contou com patrocínio do CAU/SC pelo edital de Chamada Pública 04/2019. Ela transitava por São Paulo de bicicleta no domingo, Dia Mundial do Urbanismo, quando foi atingida por um veículo. O motorista fugiu sem prestar socorro.
Em suas pesquisas, Marina Kohler abordava justamente a relação entre planejamento urbano, mobilidade urbana e gênero, como na dissertação que defendeu em 2018, intitulada “A bicicleta e as mulheres: mobilidade ativa, gênero e desigualdades socioterritoriais em São Paulo”. Acesse a tese no link http://abre.ai/mulheres_bicicleta_cidades
“A morte de Marina, ativista e pesquisadora dos temas do feminismo, mobilidade ativa e da cidade é uma perda inestimável, criminosa, e não pode ser em vão. Uma cidade que mata, onde o corpo e a vida não tem nenhum significado, não pode mais ser tolerada. Marina foi morta enquanto lutava. Pois sua luta não se separava da sua vida, do seu corpo em movimento de bicicleta pela cidade. E perdemos, junto com a ativista, uma companheira de vida, da vida que ela nos ajudava a enfrentar com novos olhos” publicou o LabCidade.